De acordo com o “Programa Nacional para a Diabetes: Desafios e Estratégias 2023”, hoje divulgado, o “crescimento dos encargos identificados com medicamentos e dispositivos para tratamento e monitorização da diabetes e os custos com os internamentos hospitalares é notório”, com 532,2 milhões de euros em 2021, contra 367 milhões em 2017.
No documento, divulgado por ocasião do Dia Mundial da Diabetes que hoje se assinala, a DGS contabiliza 2,76 milhões de utentes “com avaliação de risco de diabetes tipo 2” e 8,4% dos utentes (883.074 pessoas) sofrem da doença.
Em 2021, “a diabetes foi responsável por 3.474 mortes, correspondendo a 2,8% das mortes em Portugal” e cerca de 10% dessas vítimas mortais foram pessoas com menos de 70 anos.
Apesar disso, “a taxa de mortalidade atribuída à diabetes tem vindo gradualmente a diminuir desde 2017, sendo o valor de 2021 o mais baixo dos últimos anos”, pode ler-se no relatório.
Em 2021 a doença “foi ainda responsável por 2.770 anos potenciais de vida perdidos abaixo dos 70 anos, com uma média de 7,6 anos de vida perdidos por cada óbito ocorrido abaixo dessa idade”.
O relatório centra-se na necessidade de um rastreio atempado da retinopatia diabética, danos da retina causados pela doença, pelo que a tutela apresentou um plano de melhoria dessas ações.
“Promover a adoção de um estilo de vida saudável, identificar as pessoas em risco de desenvolver Diabetes e promover programas de prevenção, bem como diagnosticar precocemente, são medidas com potencial impacto na redução da incidência e morbilidade associada à doença”, pode ainda ler-se no plano hoje divulgado.
O tratamento da diabetes tipo 1, através de sistemas de Perfusão Subcutânea Contínua de Insulina (PSCI), permite “um melhor controlo glicémico, com menos complicações e melhor qualidade de vida”.
“Pelos benefícios clínicos”, a DGS “considera importante promover a introdução de novos tipos de dispositivos (Sistemas Automáticos de Administração de Insulina e Dispositivos Adesivos), passando assim a ser comparticipados pelo SNS no âmbito deste programa de tratamento com PSCI”.
Segundo a DGS, “estes novos tipos de dispositivos apresentam vantagens no controlo da doença, redução das complicações e melhoria da satisfação e qualidade de vida”.
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