O decreto da Procuradoria do Tesouro Nacional foi emitido em resposta a uma solicitação de informação pública a respeito dos gastos para a manutenção dos cães, que o presidente considera parte da sua família e chama-os os seus "filhos de quatro patas".
Os cães, quatro Mastins Ingleses que Milei mandou clonar de outro cão falecido anos antes, moram em canis individuais na residência presidencial de Olivos, situada na periferia norte da capital.
O próprio porta-voz do presidente, Manuel Adorni, recusou-se em várias ocasiões a responder a perguntas da imprensa em relação aos cães de Milei ao considerá-los "parte da sua intimidade".
Segundo o jornal Página12, depois de reiteradas tentativas de obter dados sobre os animais, amparados pela Lei de Acesso à Informação Pública, a Procuradoria respondeu que os dados são "de natureza privada e familiar" e "não têm relevância pública".
“O regime de informações públicas não pode ser transformado por meio de um exercício abusivo do direito em um instrumento para canalizar a simples curiosidade dos cidadãos”, alegou o órgão.
Os pedidos de informação, detalhou o organismo, requeriam dados sobre o número de cães, a raça, os gastos com cuidados e manutenção e a origem dos fundos usados para pagar as obras realizadas para abrigá-los na residência presidencial.
A procuradoria esclareceu, entretanto, que as despesas com os cuidados dos cães presidenciais “não foram pagas com fundos do Tesouro Nacional”.
Tudo o que está relacionado com os cães de Milei é uma questão delicada para a Presidência, sobretudo quantos são e se o presidente realmente considera se o seu primeiro cão, “Conan”, que morreu em 2017, do qual ele clonou os outros, está vivo.
Em março deste ano, durante entrevista à CNN, Milei observou que a sua rotina diária começa com uma saudação aos seus cães. “Vou ver os meus filhinhos de quatro patas, é minha forma de relaxar”, disse ele. E acrescentou: “Eles são cinco: Conan, Murray, Milton, Robert e Murray, há cinco canis”.
“Se o presidente diz que há cinco cães, há cinco cães”, disse o porta-voz Adorni em resposta a um jornalista.
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