“Temos visto ao longo das últimas semanas os outros dois candidatos propor o que nunca antes haviam defendido e que nós sempre defendemos de forma coerente e responsável desde a primeira hora”, escreve o dirigente da linha minoritária de oposição ao atual secretário-geral, António Costa, numa carta aos militantes que enviou também à agência Lusa.
Adrião aponta os casos das “eleições primárias para secretário-geral”, “escolha dos candidatos a deputados diretamente pelos militantes”, reforma da lei eleitoral para que os cidadãos possam votar nos deputados que querem eleger, “uma política de alianças que sirva os interesses nacionais” que inclua tanto a esquerda como o centro-direita ou a “construção de uma economia de alto valor acrescentado que permita pagar bons salários”.
“Estas são ideias que nós sempre defendemos e que agora outros dizem defender depois de tantos anos a ocupar cargos partidários executivos e funções de governo sem nada terem feito para as concretizar”, critica.
Daniel Adrião apela a cada militante socialista para escolher “o original e não as cópias”, voltando ao argumento invocado logo no início da missiva: “Há uma competição que a nossa candidatura já ganhou: a das ideias!”
Nas eleições de 15 e 16 de dezembro para a sucessão de António Costa como secretário-geral do PS concorrem três candidatos. Além de Daniel Adrião, são candidatos o atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e o ex-titular da pasta das Infraestruturas Pedro Nuno Santos.
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