O arguido está acusado de um crime de incumprimento dos deveres de serviço e de um crime de insubordinação por ameaças e outras ofensas por, alegadamente, ter ameaçado um superior hierárquico quando foi descoberto com as mulheres na caserna.

Durante as alegações finais, o procurador do Ministério Público pediu uma pena de prisão, substituída por multa, para o arguido.

O procurador frisou que se fez prova quanto ao consumo de álcool e droga nas instalações do museu e da presença de pessoas externas à instituição, dada a sua confissão, acrescentando ainda não ter dúvidas de que o arguido ameaçou um seu superior, com base no relato das testemunhas.

A 23 de fevereiro de 2017, o soldado de 26 anos, a exercer funções de segurança no Museu Militar do Porto, convidou uma amiga para jantar nas instalações, que já estavam encerradas ao público, a quem se juntou depois um outro militar, que não estava de serviço, e outra mulher.

Os quatro jantaram lá, beberam álcool e fumaram droga, tendo depois dormido na caserna, onde foram surpreendidos de manhã pelo sargento-mor, depois de o arguido não ter aberto o museu como era sua tarefa, por ter adormecido.

Além destes factos, a acusação refere que o militar ameaçou o sargento-mor por este o ter, alegadamente, maltratado.

Durante o seu depoimento, o soldado confessou tudo, menos as ameaças, que diz não terem acontecido, dizendo estar “muito arrependido”, porque o que fez “não foi nada certo”.

“Foi um ato irrefletido, não tem lógica o que eu fiz, foi uma irresponsabilidade, não voltaria a fazer o mesmo”, vincou, na altura.

A leitura da decisão judicial no Tribunal São João Novo, no Porto, está agendada para as 13:45.