“Estamos a avaliar. Esta tarde temos a reunião com os diretores das escolas. É preciso garantir equidade entre todos os alunos. O Governo anterior não deixou nenhum plano B. Por exemplo, questões logísticas: se for necessário papel para realizar os exames em papel, esse papel neste momento não existe. Teremos de tomar esta decisão esta semana e não adiar mais”, disse Fernando Alexandre.
No Porto, à margem de um debate sobre o 25 de Abril em que acompanhou o Presidente da República, o ministro da Educação, Ciência e Inovação reconheceu que “há de facto uma urgência em tomar a decisão em relação ao formato dos exames”, sublinhando sempre que está a ser feita “uma análise” e será tomada uma decisão “esta semana”.
“Estamos a recolher mais informação para termos o máximo de informação e garantirmos que os estudantes vão poder, em todo o território nacional, realizar as provas em condições de equidade. Nenhum aluno pode ser prejudicado pelo facto de a sua escola não ter as condições adequadas”, disse o ministro na escola Rodrigues de Freitas, no final do debate.
Em 26 de março, a Federação Nacional da Educação (FNE) enviou um ofício ao Ministério da Educação a pedir o cancelamento das provas de aferição e exames do 9.º ano em formato digital.
Para a FNE, a realização das provas de aferição para os alunos do 2.º, 5.º e 8.º anos “coloca em risco a estabilidade” do sistema educativo, tendo em conta “diversos constrangimentos” que afetam tanto alunos como professores.
Hoje Fernando Alexandre foi ainda questionado sobre a carta enviada esta segunda-feira pelo secretário-geral do PS ao primeiro-ministro, na qual Pedro Nuno Santos propõe um acordo para a recuperação da totalidade do tempo de serviço, bem como a revisão da carreira docente.
“Vamos marcar reuniões esta semana para que na próxima semana [possamos] ouvir os sindicatos, e depois o processo negocial obviamente será anunciado em breve”, disse, sem garantir se o acordo será alcançado ou não em 60 dias como propõe Pedro Nuno Santos na carta.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, escreveu hoje ao primeiro-ministro disponibilizando-se para negociar um acordo que, em 60 dias, resolva a situação de certos grupos profissionais da administração pública.
Numa carta dirigida hoje a Luís Montenegro, à qual a agência Lusa teve acesso, Pedro Nuno Santos acrescenta que “a disponibilidade do PS para este acordo pressupõe uma negociação prévia com as organizações representativas dos trabalhadores”.
“Estou certo de que será possível trabalhar no sentido de construir esse acordo num prazo de sessenta dias, por forma a resolver a situação destes profissionais da Administração Pública ainda antes do fim do período de funcionamento da Assembleia da República, em julho deste ano”, lê-se na carta de uma página, assinada por Pedro Nuno Santos.
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