“Os eurodeputados expressaram a sua firme convicção de que a União Europeia (UE) e a comunidade internacional devem urgentemente fazer mais e fornecer à Ucrânia todo o apoio político, militar e económico necessário para repelir a agressão da Rússia e restabelecer a soberania e a integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”, afirma um comunicado da delegação hoje divulgado.
Este objetivo, segundo o texto, “só pode ser alcançado através da entrega mais rápida, sustentada e coordenada das armas e munições de que a Ucrânia necessita, e durante o tempo que for necessário, para vencer a Rússia”, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e que nas últimas semanas tem conseguido avanços nas frentes no leste do país.
Além da transferência de armas e munições, para repor as carências sentidas pelas Forças Armadas de Kiev, a delegação do Parlamento Europeu também discutiu com as autoridades ucranianas o investimento na indústria de defesa da Ucrânia “e a preparação para a sua integração na Base Tecnológica de Defesa Europeia”, apontada como “um pilar importante a longo prazo das garantias de segurança” da UE para o país candidato ao bloco europeu.
Além disso, os eurodeputados discutiram igualmente a aplicação do pacote de ajuda europeu recentemente aprovado de 50 mil milhões de euros para Kiev enfrentar a invasão das forças de Moscovo e preparar as reformas necessárias no seu processo de adesão à UE e insistiram na apreensão de bens russos.
“A Rússia deve ser plenamente responsabilizada pelos seus crimes e pagar pelos enormes danos causados pela sua guerra de agressão, nomeadamente através do confisco de bens públicos russos para efeitos de financiamento da reconstrução da Ucrânia e de indemnização das vítimas”, sustentam no comunicado, frisando a necessidade de se criar em tempo útil uma base jurídica para este fim.
Citado no comunicado, o copresidente da delegação, o eurodeputado alemão Bernd Lange, defende que “a implementação plena e eficaz das sanções é essencial, assim como o colmatar de todas as lacunas que permitem à Rússia contornar medidas restritivas com a ajuda de países terceiros”.
Ao longo dos dois dias da visita, a delegação encontrou-se com o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, com o ministro da Defesa, Rustem Umerov, e com o comandante das Forças Armadas, Oleksandr Syrsky. Os eurodeputados reuniram-se igualmente com elementos da Presidência e do parlamento da Ucrânia, mas também com representantes da sociedade civil, incluindo ativistas de ambiente e anticorrupção e o Centro para as Liberdades Civis, galardoado com o Prémio Nobel da Paz.
Na mesma nota informativa, o outro copresidente da delegação, o também alemão David McAllister, afirma que esta visita visou “demonstrar claramente a determinação da UE em continuar a apoiar a Ucrânia”, reconhecendo que, perante “a atual situação crítica, é imperativo que a UE acelere a prestação do apoio necessário” no sentido de que “a Rússia não deve prevalecer”.
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