O Instituto Americano de Taiwan - a “embaixada de facto” dos Estados Unidos na ilha - informou que a delegação “vai reunir com líderes taiwaneses para discutir as relações entre Taiwan e os Estados Unidos” e questões de “segurança regional”,
A visita faz parte de um périplo pela região do Indo-Pacífico.
Segundo a mesma fonte, a delegação norte-americana é formada pelos congressistas democratas Mark Takano (Califórnia), Elissa Slotkin (Michigan), Colin Allred (Texas) e Sarah Jacobs (Califórnia), e a republicana Nancy Mace (Carolina do Sul).
O jornal South China Morning Post de Hong Kong detalhou que um total de 17 pessoas integram a comitiva.
A imprensa de Taiwan noticiou na quinta-feira que a delegação chegou a Taiwan por volta das 22:10 (15:10, em Lisboa), a bordo de um avião de transporte militar C-40 Clipper, e que vai permanecer em Taiwan até hoje.
Uma fonte citada pela agência oficial CNA detalhou que os congressistas vão reunir com a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e visitarão o Ministério da Defesa.
No início deste mês, um grupo de legisladores do Partido Republicano dos EUA visitou a ilha, provocando protestos furiosos de Pequim, que reivindica soberania sobre Taiwan.
Esta visita ocorre num contexto de crescentes tensões entre EUA e China, em parte devido ao território.
Taiwan, que é governada de forma autónoma desde 1949, foi o refúgio das forças do Partido Nacionalista Chinês (Kuomintang) depois de perder a guerra civil com os comunistas, que desde então reivindicam a soberania daquele território.
A ilha manteve o nome de República da China e o simbolismo sob o qual os nacionalistas chineses governaram o território da atual República Popular antes da derrota na guerra civil. A ilha fez a transição para um sistema democrático nos anos 1990.
O Presidente chinês, Xi Jinping, advertiu este mês o homólogo norte-americano, Joe Biden, que apoiar a independência de Taiwan é “uma tendência muito perigosa, que equivale a brincar com o fogo”.
Esta semana, Biden convidou Taiwan a participar numa cimeira virtual sobre democracia que a imprensa estatal chinesa classificou como uma nova “camarilha anti-China”.
Em 1979, Washington rompeu as relações diplomáticas oficiais com Taipé em favor de Pequim, embora tenha continuado a manter laços oficiosos com Taiwan e a fornecer armamento ao território.
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