De acordo com a nota, a sociedade e o seu acionista maioritário comunicaram “na presente data, 11 de março de 2020”, "as suas aquisições de ações emitidas pela Cofina", que "totalizaram o montante de 2.125.200, em sessão em bolsa”.
Depois da compra destes títulos, a Pluris ficou com 2.050.000 ações, representativas de 1,998% do capital da dona do Correio da Manhã, enquanto Mário Ferreira detém 75.200 ações do grupo (0,073%).
A Pluris Investments tinha assumido um compromisso de subscrição de 44.444.444 ações no aumento de capital da Cofina, que tinha globalmente um valor de 85 milhões de euros, alocado ao financiamento da operação de aquisição do grupo Media Capital, que detém a TVI.
Hoje, a Cofina anunciou ter desistido de comprar o grupo, após falhar a operação de aumento de capital, de 25,6 milhões para 110,6 milhões de euros, para financiamento da aquisição da empresa, aos espanhóis da Prisa.
Contudo, face à “deterioração das condições de mercado” e “não tendo sido verificada a condição de subscrição integral do aumento de capital, a oferta ficou sem efeito”, pode ler-se no comunicado da Cofina.
Mário Ferreira manifestou, por sua vez, “grande surpresa” com a decisão de cancelamento da operação, garantindo não ter “sido consultado” e ter subscrito “todo o montante do capital” acordado.
“Da minha parte cumpri com aquilo a que me comprometi, subscrevi todo o montante do capital que me pediram e me facultaram para subscrever. De facto, foi para mim uma grande surpresa”, afirmou Mário Ferreira em declarações à agência Lusa.
Recordando ter sido “convidado pelo engenheiro Paulo Fernandes [presidente executivo da Cofina] para participar no aumento do capital com vista à aquisição da Media Capital”, o dono da Douro Azul garante ter sido “agora surpreendido pelo cancelamento desse aumento”.
“Uma decisão que foi tomada pelos acionistas da Cofina sem que eu tenha sido consultado”, disse à Lusa.
A oferta abrangia a subscrição reservada a acionistas no exercício do direito de preferência e demais investidores que adquiram direitos de subscrição, através da emissão de 188.888.889 novas ações ordinárias, escriturais e nominativas, sem valor nominal.
O preço de subscrição tinha sido fixado em 0,45 euros por cada nova ação, que correspondia ao respetivo valor de emissão.
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