“Parabéns aos nossos soldados”, escreveu num comunicado. E acrescentou: “Israel agiu firmemente e com determinação para proteger a sua soberania e a segurança dos seus cidadãos”.

Na sexta-feira milhares de manifestantes palestinianos, incluindo mulheres e crianças, convergiram ao longo da fronteira que separa a Faixa de Gaza de Israel, no âmbito de um protesto que deve durar seis semanas para exigir o “direito ao regresso” dos refugiados palestinianos e denunciar o bloqueio de Gaza por Israel.

O Exército israelita disse ter sido obrigado a disparar contra os manifestantes, que lançaram pedras e “cocktails molotov” contra os soldados. E disse que alguns dos manifestantes tentaram também danificar a cerca e infiltrar-se em território israelita.

Segundo o Ministério da Saúde do enclave 16 palestinianos morreram e mais de 1.400 ficaram feridos, dos quais 758 com balas reais. Do lado israelita não foi referido qualquer morto ou ferido.

Os palestinianos acusam Israel de uso desproporcionado da força e organizações de direitos humanos também já questionaram o uso de munições reais.

O Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, decretou o dia de hoje de luto nacional e acusou Israel de ser o único responsável pelas mortes.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, bem como a representante da diplomacia europeia, Federica Mogherini, pediram uma “investigação independente”.

Hoje, milhares de habitantes de Gaza participaram nos funerais de 14 manifestantes, alguns pedindo “vingança”.