Em conferência de imprensa realizada após a reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON), realizada na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o ministro da Administração Interna precisou que as 654 ocorrências devido ao mau tempo envolveram cerca de 2.200 operacionais e não havia registo de “ocorrências particularmente graves”.

Eduardo Cabrita avançou também que mais três distritos foram colocados hoje em alerta especial laranja (o segundo mais grave da escala), totalizando 11.

Os distritos que se juntam a Lisboa, Santarém, Setúbal, Portalegre, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra e Porto são Faro, Beja e Évora.

O estado de alerta laranja, ativado quando o grau de risco é elevado e é expectável uma situação de perigo com condições para a ocorrência de fenómenos invulgares que podem causar danos a pessoas e bens, colocando em causa a sua segurança, vai estar em vigor até às 23:59 de quarta-feira.

“A ANEPC já hoje elevou o nível de alerta laranja para toda a estrutura operacional para 11 distritos fundamentalmente do Centro e Sul do país, estando os restantes em amarelo”, disse o ministro da Administração Interna, dando conta que foram enviados, na segunda-feira à tarde, sete milhões de mensagens escritas por telemóvel (SMS) no âmbito do mecanismo de alerta de emergência dirigido às populações.

Segundo o ministro, o período de maior risco de chuva e vento forte ocorreu na segunda-feira, entre as 18:00 e as 00:00, voltando a registar-se um agravamento das condições meteorológicas hoje à tarde, a partir das 12:00 e até às 18:00.

Presente na conferencia de imprensa, o comandante operacional nacional da ANEPC, Duarte Costa, especificou que as situações de “maior risco e perigosidade” vão verificar-se durante o dia de hoje, mas o alerta laranja vai prolongar-se até quarta-feira, uma vez que é necessário manter o dispositivo para fazer face ao que esta situação meteorológica pode deixar.

Duarte Costa avançou que, ao longo da tarde de hoje, a situação mais grave está prevista acontecer no sul do país, principalmente no distrito de Faro.

O comandante operacional nacional aconselhou ainda a população a ter os cuidados preventivos, como condução defensiva, obstrução de águas, não atravessar zonas inundadas e fixação das estruturas móveis existente em casas.

Portugal continental está sob o efeito da depressão Bárbara, que dará origem a precipitação forte, aumento da intensidade do vento com rajadas até 100 quilómetros por hora e até 130 quilómetros por hora nas terras altas e agitação marítima, em especial na costa da região sul.