Depois de mais se sete anos de investigação foi estabelecida a existência da nova espécie, batizada "Arqueoptérix albersdoerferi".
Ao contrário de estudos anteriores, o arqueoptérix é agora mostrado de forma conclusiva como um antecedente primitivo das aves e um intermediário evolutivo entre dinossauros e aves, possuindo dentes e dedos com garras.
O estudo divulgado hoje recorreu a análises usando novas técnicas para dissecar virtualmente o fóssil e identificar adaptações esqueléticas que teriam levado o arqueoptérix a voar.
“É uma das espécies mais importantes do arqueoptérix porque é cerca de 400 mil anos mais jovem do que qualquer outro encontrado agora”, disse o principal autor do estudo, Martin Kundrat, da universidade Pavol Jozef Safarik, na Eslováquia.
O responsável acrescentou que foi a primeira vez que muitos ossos e dentes de arqueoptérix “foram vistos sob todos os aspetos, incluindo a sua estrutura interna”, e salientou o uso da chamada “microtomografia sincrotron”, uma técnica que é usada há poucos anos para revelar aspetos de fósseis que não seriam visíveis de outra forma.
Os especialistas fizeram a análise geoquímica da rocha que envolve os ossos para encontrar a idade da ave e dizem que a nova espécie partilha mais características com as modernas aves do que com os seus antepassados dinossauros.
As características sugerem que o "Arqueoptérix albersdoerferi" teria possuído maior capacidade de voo do que as espécies mais antigas, nomeadamente por ter ossos finos cheios de ar e maior área de fixação dos músculos de voo.
Os fósseis de 150 milhões de anos do arqueoptérix são conhecidos desde 1861, com 12 espécies recuperadas até hoje. O fóssil do presente estudo é um dos mais misteriosos. Foi descoberto numa pedreira no sul da Alemanha em 1990 mas foi mantido em propriedade privada até 2009.
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