A decisão foi tomada após reuniões entre as 24 associações envolvidas no Carnaval de Ovar, forças de segurança locais, autoridades de Saúde Pública e representantes da Proteção Civil.
“A opinião de não realização dos desfiles foi unânime, atendendo ao atual contexto pandémico e às medidas em vigor, que obrigariam a uma organização complexa e a requerer uma logística quase impossível de colocar em prática”, anuncia fonte do município.
Alguns grupos e escolas mostravam-se “preparados para sair à rua”, mas a autarquia informa que “a larga maioria” foi da opinião de que os corsos não deveriam realizar-se.
O presidente da Câmara de Ovar, Salvador Malheiro, pretende, mesmo assim, promover outras atividades que assinalem a data em causa, anunciando “a pintura de máscaras gigantes” e “uma programação cultural controlada”, que ainda está por definir, mas cuja realização se verificará nos equipamentos municipais, “cumprindo as regras vigentes”.
A perspetiva do autarca do PSD é que “a Saúde Pública está em primeiro lugar”, uma vez que “a atual vaga [de covid-19] é muito contagiosa e o número de infetados no concelho tem sido elevadíssimo, com uma média diária entre 100 a 150 novos infetados — apesar de não haver ninguém [internado] em Cuidados Intensivos”.
A covid-19 provocou 5.537.051 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.334 pessoas e foram contabilizados 1.906.891 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.
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