Segundo estes novos dados, este é o valor mais baixo em quatro anos, após terem sido implementadas um conjunto de políticas ambientais mais rigorosas impostas pelo presidente Lula da Silva.

Os dados são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e indicaram que foram desmatados 2.649 quilómetros quadrados de floresta tropical na região na primeira metade do ano, o menor número neste período desde 2019.

Ainda assim, de acordo com o portal de notícias brasileiro GLOBO, a área desmatada representa uma região equivalente a mais de três vezes o tamanho da cidade de Nova Iorque, o que não elimina o desafio que o governo enfrenta para cumprir a sua promessa de campanha eleitoral de eliminar o desmatamento na totalidade.

Ouvida em conferência de imprensa a ministra brasileira do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que a queda no desmatamento foi resultado direto do rápido aumento de recursos alocados para fiscalização ambiental pelo governo Lula.

"Estamos fazendo todos os esforços para que isso [o plano antidesmatamento] já esteja em pleno vapor. E o que nós temos aqui é o resultado dessa ação emergencial", disse Marina. Somente em junho, dados de satélite do Inpe mostraram que 663 quilómetros quadrados foram desmatados, uma queda de 41% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Sublinha-se que ainda não é claro se o desmatamento anual irá apresentar um declínio, uma vez que o pico anual de desmatamento e de incêndios na floresta, ocorre de julho a setembro, o que ainda irá acontecer.

No mês passado, o governo apresentou planos para cumprir a promessa de Lula de acabar com o desmatamento na Amazónia até 2030, com uma extensa lista de medidas, incluindo o fortalecimento da fiscalização contra crimes ambientais e o desenvolvimento económico verde.