“Desta vez a vitória é minha”, disse à Lusa Lu-Olo que foi eleito na primeira volta das eleições presidenciais e na sua terceira tentativa, depois de derrotado na segunda volta nas eleições de 2007 e 2012.
“Foi realmente decisivo esse apoio de Xanana Gusmão e do CNRT, mas posso dizer que muito mais decisivo foram os militantes e quadros da Fretilin que apoiaram a minha candidatura. Esses sim foram determinantes”, afirmou à Lusa, nas suas primeiras declarações desde que foi eleito.
Lu-Olo falava à Lusa na sede do Comité Central da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) onde hoje à tarde, hora local, se concentraram centenas de militantes e simpatizantes do partido e onde o Presidente eleito foi congratulado por muitos dos presentes.
Pouco tempo depois da conversa com a Lusa, Lu-Olo recebeu um telefonema do seu principal rival na corrida presidencial, António da Conceição (ministro da Educação e secretário-geral do Partido Democrático, PD), que o felicitou pela vitória “em seu nome e do partido”.
Lu-Olo, presidente da Fretilin e ex-presidente do Parlamento Nacional, chega à Presidência da República depois de vários anos afastado de cargos em órgãos de soberania e numa altura de grande aproximação entre os dois maiores partidos, o seu e o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), presidido por Xanana Gusmão.
Um ambiente de diálogo nacional que Lu-Olo garante que vai continuar a partir do momento em que tomar posse, no dia 20 de maio, quando se cumprem 15 anos da restauração da independência de Timor-Leste.
“Sempre buscarei diálogo com os órgãos do poder político, principalmente com o Governo e o Parlamento Nacional e com toda a sociedade. Irei fazer isso, para ouvir um pouco mais sobre o que as pessoas pensam do desenvolvimento do país”, afirmou.
“Tentarei falar com todos para que ninguém se sinta excluído na participação da governação do país”, sublinhou Lu-Olo, de 62 anos.
O Presidente eleito disse que os resultados – obteve mais de 57% dos votos, quando ainda não terminou a contagem num dos 13 municípios do país – mostram que num país onde a grande maioria da população tem menos de 25 anos, a sua candidatura “não era da velha geração”, como chegou a ser classificado durante a campanha.
“Não represento a velha geração. Muita gente da nova geração apoia a minha candidatura e votaram em mim. Basta ver aqui na nossa sede do Comité Central da Fretilin (CCF). Tenho muitos jovens, uma organização da juventude muito grande que apoia a minha candidatura. Muitos jovens que votaram em mim, não apenas da Fretilin mas de outros”, afirmou.
Lu-Olo quis ainda agradecer a todos os que o apoiaram, especialmente à Fretilin, os seus quadros e militantes bem como os restantes partidos que apoiaram a candidatura.
“Finalmente quero agradecer ao povo de Timor-Leste que me deu esta confiança pra ser Presidente de todos os timorenses”, afirmou.
Comentários