O oficial tinha acabado de chegar à capital brasileira vindo de Washington, nos Estados Unidos, para onde viajou na quinta-feira passada para participar num curso no Colégio Interamericano de Defesa.
Corrêa Neto é suspeito de ter organizado uma reunião de oficiais das forças especiais do exército em 28 de novembro de 2022 para discutir um golpe de Estado, um mês após a segunda volta das eleições presidenciais ganhas por Luiz Inácio Lula da Silva.
O suspeito era então adjunto do Comando Militar do Sul e apontado como confidente do tenente-coronel Mauro Cid, colaborador próximo do antigo presidente Jair Bolsonaro.
A polícia intercetou conversas no seu telemóvel que mostram que Corrêa escolheu para esta reunião militares treinados nas Forças Especiais conhecidos como ‘Kids Pretos’, o que “demonstra o planeamento meticuloso para usar técnicas militares contra o próprio Estado brasileiro para a consumação do golpe de Estado”.
A prisão foi homologada pelo juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que afirma, no seu despacho, que houve um plano de disseminação de notícias falsas “pelas Forças Armadas e demais membros do grupo criminoso para desacreditar o processo eleitoral”.
O objetivo era criar um “clima favorável ao golpe de Estado”.
Para isso, chegaram a preparar uma “carta ao comandante do Exército de oficiais superiores no ativo do Exército Brasileiro” dirigida ao então chefe do Exército, Marco Antônio Freire Gomes.
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