
De acordo com o jornal The Washington Post, as autoridades detiveram o antigo marinheiro dos EUA Christopher Ahn, alegado membro do grupo de dissidentes Cheollima Civil Defense (CDC), empenhado em destronar o regime norte-coreano.
Agentes federais norte-americanos revistaram ainda o apartamento de Adrian Hong, líder do grupo, noticiou o mesmo jornal, citando duas pessoas próximas à investigação.
Num comunicado enviado ao Post, o advogado de Adrian Hong, Lee Wolosky, lamentou que o Departamento de Justiça dos EUA tenha decidido avançar com mandados de detenção contra cidadãos norte-americanos “que derivam de queixas criminais apresentadas pela Coreia do Norte”.
No assalto à embaixada norte-coreana em Madrid, no passado dia 22 de fevereiro, o pessoal da delegação foi “algemado e espancado durante horas por um grupo de sete homens que entraram nas instalações e roubaram equipamentos informáticos”, de acordo com um documento tornado público pela Justiça espanhola.
O grupo CDC, também conhecido como Free Joseon, reivindicou a responsabilidade pelo ataque.
De acordo com o documento judicial, cinco pessoas ligadas ao assalto têm passaportes sul-coreanos e pelo menos três fugiram para os Estados Unidos, onde as autoridades acreditam que residem desde o ataque.
Um dos suspeitos chegou a partilhar informações com o FBI já em território norte-americano, segundo a Justiça espanhola.
As primeiras informações chegaram a levantar suspeitas de que a CIA (serviços secretos norte-americanos) poderia ter estado envolvida na operação, que ocorreu apenas cinco dias antes da segunda cimeira entre o Presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, na capital do Vietname, Hanói.
No entanto, a acusação foi negada categoricamente pelo porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Robert Palladino.
Comentários