De acordo com um comunicado divulgado pela Direção Nacional da PSP, os quatro suspeitos, com idades entre 21 e os 35 anos, foram detidos “na sequência de diligências” feitas hoje no âmbito de uma investigação a um grupo de motociclistas que perturbou o funeral de uma das pessoas que morreu depois de um acidente na Segunda Circular.
A PSP já tinha anunciado que estavam três pessoas sob custódia policial, mas confirmou agora a detenção de quatro pessoas, acrescentando que “as diligências policiais ainda não se encontram concluídas”.
Os quatro homens “serão oportunamente presentes à autoridade judiciária”, prossegue a nota, acrescentando que os suspeitos se encontram indiciados pelos crimes de “resistência e coação sobre funcionário, ameaça agravada, injúria agravada, condução perigosa e detenção de arma proibida”.
No âmbito das buscas feitas pela PSP foram ainda apreendidos três motociclos e uma arma de fogo.
A detenção ocorreu na sequência de execução de mandados de busca por comportamentos desordeiros e hostis contra polícias, tendo sido hoje executados quatro mandados de busca em residências nos concelhos de Lisboa, Amadora, Loures e Sintra.
Os incidentes ocorreram na Damaia, Amadora, em 25 de fevereiro, no funeral de uma das vítimas do acidente ocorrido na Segunda Circular, que, em 21 do mesmo mês, vitimou três homens.
Na altura, os polícias da esquadra de trânsito da Divisão Policial da Amadora abordaram um grupo de motociclistas sem capacetes na Avenida Dom Pedro V, na Damaia, depois de um alerta.
Num comunicado enviado às redações, o Comando Metropolitano de Lisboa explicou então que, durante essa abordagem, os polícias “foram cercados de forma hostil por mais motociclistas, que entretanto foram chegando, que os empurraram e tentaram impedir a fiscalização dos infratores, chegando até a tentar a agressão aos agentes”.
Tendo em conta que o número de polícias era inferior ao dos desordeiros, a autoridade recorreu “à arma de fogo”, bem como “à aproximação da viatura policial, como forma de dissuasão”, tendo, no entanto, “havido continuadamente um aumento da hostilidade por parte dos intervenientes”.
Na sequência destes acontecimentos, a PSP informou então que recorreu a imagens de videovigilância e a outras divulgadas nas redes sociais para identificar os suspeitos, em colaboração com o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Amadora.
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