O Patriarca Cirilo disse, a propósito do 70.º aniversário de Vladimir Putin, que foi Deus a escolher o presidente russo para liderar o país, adianta a AFP.

Cirilo destacou ainda a figura de Putin "pelo reforço da soberania e das capacidades defensivas e da defesa dos interesses nacionais".

"Deus colocou-o a si no poder para que pudesse levar a cabo uma missão com uma importância particular e de uma grande responsabilidade para o destino do país e do povo que vos foi confiado", acrescentou o líder religioso.

O patriarca da Igreja Ortodoxa russa desejou ainda que Vladimir Putin, no poder há 22 anos, tenha "capacidades físicas e morais para mais anos" apelando aos fiéis para rezarem hoje pelo chefe de Estado em todo o país, pela sua "saúde e longevidade", pedindo ainda a Deus que "o proteja de todas as resistências dos inimigos visíveis e invisíveis e que lhe dê sabedoria e força espiritual".

Putin "conquistou a reputação de um líder nacional, leal à pátria que o ama com sinceridade e que lhe dá forças", sublinhou Cirilo. "Que a sua força não falhe e que a ajuda de Deus seja grande", concluiu.

O patriarca Cirilo, líder dos ortodoxos russos desde 2009, colocou a igreja ao serviço de Vladimir Putin, que chegou a classificar como "um milagre" em 2012.

Os dois homens partilham a ambição de uma Rússia conservadora e dominadora e o chefe da Igreja Ortodoxa apoiou a nova campanha militar contra a Ucrânia.

Em particular, Cirilo e Putin concordam que se verifica "uma decadência moral e declínio no Ocidente", nomeadamente pela tolerância em relação à comunidade LGBT.

Na semana passada Putin anunciou o "advento do 'satanismo'".

Cirilo, como é conhecido Vladimir Mikhailovitch Goundiaiev, sucedeu a Alexandre II, tem 75 anos (nasceu em Leninegrado, hoje São Petersburgo, em 1946) e, tal como Putin, foi agente do KGB, a polícia política da ex-União Soviética.

Além de Cirilo, outras personalidades felicitaram hoje o chefe de Estado, pelo dia de aniversário.

O líder tchetcheno Kadyrov postou uma mensagem na rede Telegram felicitando "o líder de todo um povo" que considerou ser uma das personalidades mais influentes e excecionais do mundo contemporâneo.

O presidente da Câmara Baixa do Parlamento, Viatcheslav Volodine, difundiu através das redes sociais um retrato do presidente com a legenda: "Se existe Putin, então a Rússia existe".

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