Este ataque contra a base de Taji, que envolveu um número de mísseis disparados particularmente elevado, não fez vítimas, nem provocou danos materiais, precisou o comando militar iraquiano.

Situação que não se verificou em ataques anteriores perpetrados contra soldados, diplomatas ou instalações dos Estados Unidos no Iraque, que registaram pelo menos duas vítimas mortais: um subempreiteiro norte-americano e um soldado iraquiano.

Nenhum destes ataques foi reivindicado, mas Washington tem lançado acusações contra as fações armadas pró-Irão.

Dois dias após a morte de um norte-americano durante um ataque contra uma base militar iraquiana na província de Kirkuk no final de 2019, os Estados Unidos ordenaram raides aéreos contra cinco bases, no Iraque e na Síria, da fação armada pró-iraniana, as brigadas do Hezbollah.

As tensões aumentaram então entre Washington e Teerão, clima que se intensificou com a morte no início de janeiro em Bagdad do poderoso general iraniano Qassem Soleimani e de um tenente iraquiano num ataque planeado norte-americano.

Como medida de retaliação, bombardeamentos iranianos atingiram bases iraquianas com soldados norte-americanos destacados.

A coligação internacional formada em 2014 para combater o grupo extremista Estado Islâmico (EI), liderada pelos Estados Unidos e apoiada por dezenas de países, conta com milhares de soldados destacados no Iraque.

Apesar do EI ter perdido dimensão e poder territorial, o grupo extremista conta com células clandestinas que ainda têm capacidade operacional para realizar ataques.

O parlamento iraquiano aprovou recentemente a expulsão de 5.200 soldados norte-americanos do país, mas a decisão ainda não foi aplicada a nível governamental.

O Iraque atravessa uma crise política há vários meses.

O executivo, que está demissionário desde dezembro, ainda não foi substituído por falta de um acordo político no parlamento, o mais fragmentado da história recente do Iraque.