O Dia das Compras na Net (DCN) é organizado, desde 2011, pela Associação da Economia Digital Portugal (ACEPI) e agrega "várias centenas de websites e lojas de comércio eletrónico pertencentes às mais importantes marcas em Portugal".

Em causa estão "promoções e descontos totalmente online" durante 24 horas, o que "contribui para impulsionar as vendas das marcas", permitindo assim captar "novos clientes e mais negócio", aumentar a "confiança dos portugueses nas compras online seguras" e promover as "boas práticas na internet".

Este ano, o DCN realiza-se a 21 de outubro, sexta-feira, das 00:00 às 23:59. E se as promoções são sempre bem-vindas para o consumidor, por outro lado é conveniente que a segurança online seja assegurada.

Quais os cuidados a ter nas compras online? 

De acordo com a Associação Portuguesa de Defesa do Consumidor (DECO), existem quatro cuidados essenciais a ter durante as compras online:

  • Ler com atenção todas as informações do site;
  • Desconfiar de produtos com preços muito abaixo do valor de mercado;
  • Fazer uma pesquisa online sobre a entidade que está a vender, para verificar se há queixas;
  • Não se comprometer com nenhum contrato, a menos que tenha a certeza das características do produto, do preço e da entidade que está a vendê-lo.

Que direitos tem o consumidor nas compras online?

  • Caso se pretenda anular uma compra realizada online depois de o produto lhe chegar às mãos, há um prazo de 14 dias para isso. Todavia, há situações em que não se pode desistir;
  • Se a encomenda atrasar, é possível reclamar junto da loja online. Contudo, de recordar que o vendedor tem um prazo máximo de 30 dias, a contar do dia seguinte à realização de encomenda, para proceder ao envio
  • Em caso de burla, há um prazo para apresentar queixa: seis meses a contar da data em que teve conhecimento do facto. Além disso, é também possível recorrer aos tribunais, caso não se chegue a acordo com a loja online.

Como distinguir um site fidedigno de um falso?

Por vezes, são apenas pequenos detalhes. De acordo com o Portal da Queixa, este pode ser "um processo de análise que requer alguma experiência, conhecimento e perícia".

Assim, "o ideal será sempre optar por lojas online de reconhecida idoneidade" — mas nem isso significa que o site seja o certo. Por isso, "é fundamental ter em atenção às variações nos nomes dos URL (endereço do site)", já que "muitas vezes há trocas acidentais de letras nos nomes das lojas para enganar os visitantes".

Desta forma, o consumidor deve procurar "sempre pelo certificado de segurança do site, que se encontra ao lado do endereço (URL) sob forma de um cadeado, acompanhado pelo protocolo de acesso https://, onde a letra 's' representa que o site é seguro".

Como garantir que os pagamentos são seguros?

Segundo o Portal, "utilizar um método de pagamento seguro, rápido e de fácil identificação é essencial para reduzir o risco de tornar a compra num pesadelo".

Neste sentido, "a transferência bancária continua a ser a forma mais segura de fazer um pagamento, pois identifica o nome do titular da conta para quem se está a transferir dinheiro".

Todavia, há outras formas de pagamento seguras:

  • Referência multibanco: não obriga ao fornecimento de dados pessoais, mas o cliente deve sempre certificar-se que "os dados do vendedor são fidedignos ao pesquisar pelas referências fornecidas";
  • Paypal: em caso de litígio é possível "abrir uma disputa" junto da entidade,"com vista a ser ressarcido" do valor em causa;
  • MB WAY: é considerada "uma das formas mais tecnológicas e seguras de efetuar pagamentos interbancários para compras online", já que permite "gerar cartões de crédito virtuais, que eliminam o roubo de dados", e fazer "transferências imediatas, com vista a tornar o processo de compra mais rápido e eficaz". Contudo, o pin da plataforma — um código de acesso de 6 dígitos — nunca deve ser partilhado com o vendedor;
  • Envio à cobrança: este método permite que os artigos sejam pagos somente no ato da entrega, o que torna todo o processo mais seguro. É a forma aconselhada para compras em redes sociais ou plataformas como o OLX, já que permite garantir que se recebe a encomenda.