Responsáveis da escuderia Red Bull confirmaram no sábado a morte de Mateschitz, sem revelar onde morreu o austríaco nem a causa da morte.
Segundo a agência austríaca APA, o empresário morreu de doença prolongada.
Mohammed Ben Sulayem, presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA), disse que Mateschitz era “uma figura imponente no desporto motorizado”.
“Os pensamentos de toda a família FIA estão com os seus entes queridos neste momento e a sua falta será sentida”, acrescentou Ben Sulayem.
Mateschitz ganhou fama como o rosto público da Red Bull, um conglomerado austríaco-tailandês que diz ter vendido quase 10 mil milhões de latas da bebida à base de cafeína e taurina em 172 países em todo o mundo em 2021.
Mateschitz não apenas ajudou a tornar a bebida energética popular em todo o mundo, mas também construiu um império desportivo, mediático, imobiliário e gastronómico em torno da marca.
Com o crescente sucesso da Red Bull, o austríaco expandiu significativamente o investimento no desporto. A Red Bull agora opera clubes de futebol, equipas de hóquei no gelo e escuderias da Fórmula 1, e tem contratos com centenas de atletas em vários desportos.
Mateschitz e o investidor tailandês Chaleo Yoovidhya fundaram a empresa em 1984, depois do austríaco ter reconhecido o potencial de comercialização de Krating Daeng — outra bebida energética criada por Chaleo — para um público ocidental.
A Red Bull diz que Mateschitz trabalhou na fórmula durante três anos antes de lançar a bebida modificada, sob o novo nome, na sua terra natal, a Áustria, em 1987.
A escuderia Red Bull Racing tem tido sucesso na Fórmula 1, tendo na equipa o holandês Max Verstappen, atual bicampeão mundial.
A Red Bull opera equipas de futebol nas principais divisões da Áustria, Alemanha, Brasil e Estados Unidos, incluindo o RB Leipzig, que subiu da quinta divisão alemã até à Bundesliga em sete épocas.
Mateschitz também fez as manchetes devido às suas opiniões populistas, nomeadamente por ter criticado a então chanceler alemã Angela Merkel pela forma como lidou com a crise de refugiados em 2015-16.
A estação de TV austríaca Servus, detida pela Red Bull, é conhecida por promover visões controversas de direita.
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