A passagem para o ribeirinho Cais do Gás ainda não tem data definida, disse à Lusa Fernando Pereira, proprietário do Jamaica e Tokyo, depois de o jornal ‘online’ Observador ter avançado que aquelas discotecas da rua Nova do Carvalho (a chamada rua cor-de-rosa), bem como o Europa, teriam um novo espaço disponibilizado pela Câmara Municipal de Lisboa.

“Desde há dois anos que essa solução está definida”, contou o empresário, referindo que os espaços no Cais do Gás ainda não estão vagos, estando ocupados por associações.

As discotecas do Cais do Sodré deverão, assim, ocupar espaços junto ao B.Leza, que para ali se mudou depois de abandonar o Palácio Almada de Carvalhais, no largo do Conde Barão, e ao Titanic sur Mer.

A Lusa tentou contactar o proprietário do clube Europa, localizado no mesmo edifício que o Jamaica e o Tokyo, mas sem sucesso.

Em 2016, a Assembleia Municipal de Lisboa recomendou à Câmara que proteja os estabelecimentos históricos da especulação imobiliária, através de uma recomendação da Comissão de Economia, Turismo, Inovação e Internacionalização, que considerava que “o desaparecimento destes estabelecimentos irá contribuir para a descaracterização da área do Cais do Sodré”.

Na recomendação – assinada pela deputada relatora e presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia, Carla Madeira (PS), e pelo presidente da comissão, Carlos Silva Santos (PCP) – sublinhava-se que “estes estabelecimentos são ícones da história e da cultura da cidade de Lisboa e da zona do Cais do Sodré, tendo contribuído bastante para reabilitação e dinamização desta zona, nomeadamente da Rua Nova do Carvalho”.

Esta tomada de posição surgiu no seguimento de uma audição feita a Fernando Pereira, proprietário das discotecas Jamaica e Tokyo.

Este comerciante, juntamente com o dono do Europa, recebeu, em outubro de 2015, uma denúncia do contrato de arrendamento por parte dos senhorios.

A questão tem-se arrastado e os espaços continuam a funcionar.

O prédio onde estes espaços se encontram, na Rua Nova do Carvalho (a chamada Rua Cor de Rosa) foi vendido pelos cerca de 30 proprietários a uma imobiliária, que, por sua vez, o revendeu a um grupo hoteleiro francês.

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