“A greve mantém-se na segunda-feira. Foi apresentada uma proposta por parte da empresa, mas há uma divergência com um dos sindicatos, que está fora dos subscritores do pré-aviso, o qual está a colocar algum conflito de interesses”, revelou hoje à agência Lusa Carlos Costa, da Fectrans – Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.
A proposta da empresa foi apresentada em reunião, na quarta-feira, a qual, segundo Carlos Costa, “está dentro" do que se pretendia, contudo, está “dependente da outra parte”.
Questionado sobre qual a organização sindical que está na origem desta divergência, o responsável preferiu não revelar para “não dificultar mais as negociações”.
De qualquer forma, Carlos Costa garantiu que não vê a possibilidade de “a greve ser desconvocada”.
O responsável da Fectrans avançou ainda que a proposta da Soflusa está relacionada com a “valorização de carreira” e com a “equiparação a outras áreas”, mas tudo está dependente da organização sindical.
“Vamos tentar desbloquear na próxima reunião, que já estava programada para o dia 09 de novembro, para o regulamento de carreiras e o seguimento do que temos estado a fazer”, disse.
Carlos Costa não indicou quantos trabalhadores esperam que adiram a esta greve, mas indicou que trabalham “cerca de 20 a 25 na área afetada”.
Segundo comunicado divulgado no ‘site’ da Fectrans, a greve parcial dos trabalhadores da área comercial da Soflusa visa reivindicar a valorização da carreira de agente comercial, a formação em novas aplicações a nível de bilheteira e a contratação de novos trabalhadores.
De acordo com a decisão do tribunal arbitral, em 26 de outubro, a greve marcada para segunda-feira não terá os serviços mínimos para o transporte de passageiros da Soflusa, por “não ter sido demonstrada a existência de necessidades impreteríveis”, uma vez que tem “curta duração” e que existem “outros meios alternativos de transporte” para acesso a cuidados de saúde, escolas ou serviços de segurança.
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