Daniel Ferro anunciou que a decisão surge depois de, num estudo realizado há dois dias, se ter verificado que “85% das situações não têm uma gravidade que justifique o acesso a uma urgência hospitalar”.

Assim, a partir de sexta-feira os doentes que cheguem em ambulâncias ao Hospital de Santa Maria - que durante o dia de hoje terá acumulado várias dezenas de ambulâncias no acesso ao serviço de urgência  - vão começar a ser pré-triados por equipas do INEM e da Proteção Civil.

Os casos que não forem avaliados como urgentes serão encaminhados para os centros de saúde de Sete Rios e de Odivelas.

“Antes de utilizar serviços de saúde façam uma análise correta dos sintomas e pense que se os sintomas ligeiros [de doença] são ligeiros não se deve ir ao hospital”, apelou Daniel Ferro à população.

“Muitas ambulâncias não estão a ser utilizadas como ambulância, mas como transporte”, referiu o administrador em declarações aos jornalistas ao início da noite à porta do centro hospitalar.

Em comunicado, o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte já tinha ontem apelado à população para apenas recorrer de ambulância ao serviço de urgência dedicado ao SARS-CoV-2 do Santa Maria apenas "em situações justificadas”, já que a unidade tem registado “picos de afluência”.

A nota, enviada às redações, já explicava que “quase metade dos utentes são transportadores de ambulância, mas destes só 15% apresentam situações que justificam o recurso a uma urgência hospitalar" e que os restantes 85% “são com prioridade verde ou azul, representando uma sobrecarga evitável”.

O Centro hospitalar apelou ainda à população para “que só recorra ao transporte de ambulância em situações justificadas e se dirija ao centro de saúde nas situações de ausência ou sintomas ligeiros”.