Desde que o candidato do partido republicano ganhou as eleições, a 8 novembro de 2016, já várias empresas assumiram que vão construir novas fábricas ou vão fazer avultados investimentos nos Estados Unidos.

Neste âmbito, destacam-se a Ford e Fiat Chrysler, a Carrier, a japonesa SoftBank e até o gigante de vendas on-line Amazon, que prometeu nada menos do que 100.000 novos postos de trabalho.

Mais recentemente, foi a General Motors a anunciar novos investimentos nos Estados Unidos na ordem dos mil milhões de dólares que vão gerar cerca de cinco mil empregos.

Na mesma linha, o gigante do retalho Walmart, de acordo com um comunicado da empresa, o investimento na expansão ou relocalização de 59 lojas vai também criar perto de 24 mil empregos na construção.

São muitos milhões de dólares e muitos milhares de postos de emprego nos EUA. Volvidas várias ameaças para que as empresas voltassem a investir no país, Trump está a tomar crédito a cada anúncio.

"Com todos os empregos que estou a trazer de volta, com as fábricas do sector automóvel que estou a trazer para o país e com as enormes reduções de custos que negociei em gastos militares, acho que as pessoas estão a começar a ver grandes coisas acontecer“, afirmou Trump, no Twitter.

Notícias Falsas e postos de trabalho

Segundo uma sondagem realizada pela CNN, 61% dos norte-americanos apostam que Trump será capaz de criar postos de trabalho (e bem remunerados) nas áreas mais atingidas pelo desemprego.

Também o jornal The Washington Post e a cadeia ABC, numa sondagem com parâmetros semelhantes, revelaram que mais de 60% da população espera que Trump faça um "bom" ou "excelente" trabalho no plano económico.

Mas os pontos a favor do magnata ficam-se pelos números e pela capacidade administrativa. O futuro presidente tem metade da popularidade que o democrata Barack Obama tinha quando se preparava para assumir a Casa Branca, em janeiro de 2009, de acordo com o Post e com a ABC.

Trump é menos popular do que qualquer novo presidente norte-americano nos últimos quarenta anos. Números parecidos, só nos anos de Jimmy Carter.

Estes números são sistemáticos em várias sondagens e o pensamento geral é comum: vai trazer garantir trabalho, sim. Mas isto não faz de si uma figura popular.

No entanto, fiel a seu estilo, Trump atacou estas sondagens, lembrando que, durante a campanha eleitoral, todas estas garantiam a vitória de Hillary Clinton.

"As mesmas pessoas que fizeram essas falsas sondagens eleitorais, que estavam completamente erradas, agora querem fazer estudos de aprovação. São tão corruptos quanto antes", afirmou no Twitter.