“Finda esta etapa, importa sublinhar os esforços de todas as partes envolvidas que desde o primeiro momento, em conjunto com a DST e os seus consultores, estiveram arduamente empenhados na concretização desta operação”, indicou, em comunicado.
A DST disse ainda que não foi possível verificar todas as condições necessárias para o acordo de venda Efacec, não tendo assim sido concluída a compra da participação social em causa. “Desejamos o melhor para a Efacec”, conclui, sem acrescentar mais pormenores.
A posição da DST surge depois de hoje, em comunicado, os ministérios da Economia e do Mar e das Finanças terem informado “que a reprivatização da participação social de 71,73% da Efacec promovida, em processo competitivo, nos termos da Resolução do Conselho de Ministros n.º 113/2020, de 21 de dezembro, não foi concluída com a alienação da referida participação social, dado não se terem verificado todas as condições necessárias à concretização do Acordo de Venda”.
Na nota, as tutelas explicaram que “a intervenção pública, justificada por toda a repercussão dos acontecimentos ocorridos em 2020 relacionados com a estrutura acionista, tem uma natureza transitória” e que “o Governo continua a trabalhar com todas as partes envolvidas, incluindo interessados na aquisição da empresa, numa solução que viabilize a atividade industrial da Efacec e salvaguarde o interesse público”.
A Efacec sofreu em julho de 2020 um processo de intervenção do Estado, estando em processo de venda à portuguesa DST SGPS.
Em 18 de maio, a Autoridade da Concorrência (AdC) adotou uma decisão “de não oposição” na operação de compra da Efacec Power Solutions pelo grupo DST, de acordo com informação divulgada pelo regulador no seu ‘site’.
No mesmo mês, o ministro da Economia sinalizou esperar finalizar o negócio até ao final de junho, o que não aconteceu.
A entrada do Estado na Efacec decorreu da saída de Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, da esfera acionista, na sequência do envolvimento no caso ‘Luanda Leaks’, no qual o Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação revelou mais de 715 mil ficheiros que detalham alegados esquemas financeiros da empresária.
O grupo DST opera nos segmentos da construção, ambiente, renováveis e telecomunicações, tendo igualmente presença em mercados como França, Reino Unido, Holanda, Mónaco e Angola.
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