Ao som da música de Jorge Palma que pergunta “Ai, Portugal, Portugal, de que é que estás à espera?!”, os inspetores contestam a extinção do SEF e a divisão das suas competências por outros organismos policiais “sem sensibilidade” para os assuntos das migrações.

Na base da escadaria da Assembleia, gradeada, dispuseram enormes tarjas onde se lê “o SEF é indispensável à segurança interna”, “Não à criminalização da imigração”, “Não à extinção, não à fusão, não à integração” e “Polícia não é simplex”.

O dia de protesto inclui uma greve, que, segundo declarações à Lusa de Acácio Neves, dirigente sindical, é de “100 por cento nos aeroportos, garantindo-se apenas os serviços mínimos” e, apesar de ainda não ter números concretos, “rondará a mesma percentagem” noutros locais.

A proposta de lei do Governo que define a passagem das competências policiais do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras para a PSP, GNR e Polícia Judiciária, alterações feitas no âmbito da reestruturação do SEF, está hoje a ser discutidas hoje no parlamento.

O sindicato considera que a proposta que o Governo vai levar à Assembleia da República “para extinguir o SEF divide em parcelas informação crítica, politiza o acesso a dados, militariza e criminaliza ainda mais a imigração”, apelando aos partidos da oposição para que “não deixem passar uma das piores leis alguma vez apresentada”.