Numa nota de imprensa, a autarquia explicou que as alternativas foram apresentadas na segunda-feira pela Infraestruturas de Portugal, numa reunião que juntou o executivo municipal, representantes de alguns partidos com assento na Assembleia Municipal, elementos das juntas de freguesia, e os presidentes da Associação de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo da Região de Leiria, da Associação Empresarial da Região de Leiria e do Politécnico de Leiria.
“Esta reunião teve como objetivo dar nota do trabalho que está a ser desenvolvido no âmbito da definição do traçado da linha de Alta Velocidade entre Soure e o Carregado, que contempla apenas uma paragem, precisamente em Leiria”, referiu a nota de imprensa.
Segundo a mesma nota, “no encontro, foram debatidos os prós e contras de cada uma das opções, que terão ainda de ser submetidas a estudo de impacto ambiental, com respetivo período de consulta pública”, sendo que nos dois casos se está “perante estações conjuntas para a Alta Velocidade e a Linha do Oeste”.
“No caso da atual estação [Leiria-Gare], um dos aspetos positivos será o contributo para a requalificação daquela área e a proximidade à cidade”, adiantou a Câmara, considerando, contudo, que “esta solução tem um forte efeito sobre o edificado existente, além de representar um aumento no tempo das viagens e de ter condicionantes ambientais”.
Já relativamente à alternativa Barosa, “trata-se de uma solução que terá um maior impacto para a região, mas implica o desenvolvimento de soluções que garantam uma conectividade eficaz à cidade, não apenas no que diz respeito à Alta Velocidade, mas também à Linha do Oeste, que passaria a utilizar a mesma estação”.
À agência Lusa, o presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, salientou que, para o concelho, o importante é assegurar a estação de Alta Velocidade em Leiria, “pela importância que representa para o futuro desta região”.
“Quanto às alternativas, ambas apresentam prós e contras, sendo que, no processo de decisão, o processo de avaliação de impacto ambiental e respetiva consulta pública assumirão especial importância para uma decisão final”, declarou, numa resposta escrita.
Destacando que, “com este investimento, Leiria ficará a apenas 40 minutos de distância de Lisboa e 50 do Porto, o que representa uma verdadeira revolução” na relação de Leiria com estas cidades, Gonçalo Lopes apontou que a expectativa é a de que “o processo avance, com a brevidade possível, e que em paralelo seja feito o investimento anunciado, de 300 milhões de euros, na requalificação da Linha do Oeste entre as Caldas da Rainha e o Louriçal”.
De acordo com informação da autarquia, com a concretização da Alta Velocidade Lisboa-Porto, vai registar-se uma redução de duas horas e 30 minutos na deslocação para Lisboa e duas horas e sete minutos para o Porto, de comboio.
“A nova linha de Alta Velocidade vai garantir a ligação entre Lisboa e o Porto em apenas uma hora e 15 minutos (no serviço direto), oferecendo 60 serviços diários, estimando-se que o número de passageiros, conjugado com a Linha do Norte, se cifre em 16 milhões”, acrescentou a nota de imprensa.
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