No final de uma ‘aula’ na Universidade de Verão do PSD, Durão Barroso foi questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de se candidatar a Presidente da República, mas recusou voltar ao tema “todas os dias”, remetendo para declarações feitas em fevereiro em que afastou estar na corrida a Belém, dizendo que a sua convicção “é exatamente a mesma”.

Questionado se, no seu caso, “um nunca é mesmo um nunca”, respondeu: “Exatamente, já disse”.

Em fevereiro, o antigo primeiro-ministro foi questionado sobre o tema pelos jornalistas após lhe ter sido atribuído o título Honoris causa na Universidade Católica.

“É o cargo mais importante que um português pode ter. Fico lisonjeado, mas não há minimamente uma hipótese. (…) Mesmo se tivesse essa vontade, não sei se alguém votaria em mim. Não estou nessa competição”, disse então.

Hoje, questionado sobre alguns nomes da sua área política que admitiram essa possibilidade, como Marques Mendes ou Santana Lopes, respondeu apenas que “é bom que todos aqueles que se sentem com capacidade para determinados cargos” assumam essa disponibilidade, mas recusou entrar em “conversa de comentadores”.

Para Durão Barroso, “a prioridade política do PSD é preparar-se para ser Governo”, defendendo que o país precisa de uma outra governação, e que para tal tem de vencer as europeias de janeiro de 2024.

“Claro que todas as eleições são importantes, mas do ponto de vista político agora o importante, além das eleições da Madeira, é ganhar as europeias. O objetivo político imediato é preparar-se para ser Governo, para isso é muito importante ter uma vitória nas europeias”, defendeu.

Questionado se esse resultado poderá ter consequências na liderança de Luís Montenegro ou se seria benéfico apresentar rapidamente os candidatos às europeias, Durão Barroso voltou a recusar entrar na política partidária.

“Não estou com qualquer disponibilidade para intervenção política partidária, a não ser exprimir a minha opinião”, assegurou.