Ao início da tarde, o presidente da Câmara de Campo Maior disse à Lusa que os estragos causados pelas cheias poderão chegar aos dois milhões de euros baseando-se "numa leitura muito prévia”, disse.

“Hoje, com certeza, chegarão novas coisas, mas, ontem [terça-feira] à noite ainda conseguimos estabelecer aqui um mapa onde identificámos uma leitura muito prévia” dos prejuízos, frisou Luís Rosinha momentos antes da visita da ministra da Coesão Territorial.

Já no local, Ana Abrunhosa deixou uma palavra de solidariedade aos lesados pelas cheias ao verificar que muitas famílias perderam quase tudo. "É importante podermos ver quais os mecanismos que temos para apoiar rapidamente essas famílias", declarou a ministra aos jornalistas.

"Agora é o momento de avaliarmos o que está em causa, os prejuízos e definirmos como podemos apoiar. Vamos ver se podemos também reunir apoios europeus", referiu Ana Abrunhosa.

Acompanhada pelo presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), Hugo Hilário, a ministra da Coesão Territorial deslocar-se-á a Monforte, Sousel, Fronteira e Ponte de Sor.

"Temos também de avaliar as vias que ficaram obstruídas e fazer um levantamento do que é preciso para se avançar com a limpeza juntamente com a autarquia", garantiu a ministra na presença do autarca de Campo Maior.

"Vamos avaliar o que é mais urgente e assim que tivermos um relatório sobre os danos, vamos utilizar todos os procedimentos legais que dispomos para ajudar. Por muito que queiramos, será sempre um processo lento. Não vale a pena falar em dinheiro quando ainda não sabemos o que está em causa", frisou a ministra da Coesão.

"O que conseguimos assegurar é que vamos tentar apoiar todos naquilo que for mais urgente", prometeu a governanta acrescentando que o levantamento terá de ser "efetuado em conjunto com a CIMAA e com a CCDR do Alentejo".

*com Lusa