Em declarações à agência Lusa, o diretor-geral da companhia aérea para Portugal, José Lopes, explicou que o objetivo é tentar nos meses de julho e agosto, o pico da operação do verão, estimular a procura, com um equilíbrio entre o lançamento de uma tarifa promocional para viagens entre 01 de julho e 31 de outubro de 2020 e, por outro lado, com a implementação das medidas de segurança que serão postas em prática para retomar as operações.
A easyJet operará 50 destinos em julho, e 59 em agosto, de e para Portugal, a partir de seus quatro principais aeroportos (Lisboa, Porto, Faro e Funchal).
A easyJet prevê que voará cerca de 78% e 92% das rotas que servem Portugal nestes dois meses de verão.
Estes destinos irão, no entanto, operar com menos frequências do que o habitual, ressalvou.
“É um cenário numa perspetiva de reação da procura. Em qualquer momento, se a procura não reagir da forma que esperamos ou se houver uma alteração ao nível das restrições implementadas nos vários mercados ou mesmo alguma alteração ao nível da pandemia em si, poderemos logicamente ter que reajustar”, explicou à Lusa o diretor-geral da companhia em Portugal.
“É tudo ainda um navegar muito cauteloso à vista, por forma a tentar que exista este equilíbrio, de que por um lado as pessoas comecem a retomar o desejo de voar e desfrutar das suas férias dentro de um ambiente de voo e aeroportuário de segurança, mas que terá que nos destinos servidos ser sempre avaliado”, acrescentou.
Questionado sobre de que forma será gerida esta retoma da operação ao nível dos recursos humanos, tendo em conta que em Portugal a companhia aérea de baixo custo tem 340 trabalhadores atualmente, 99% dos quais em ‘lay-off’ simplificado até ao final de junho, José Lopes disse que ainda estão a avaliar, mas defendeu que a medida de ‘lay-off’ simplificado deveria ser estendida até ao final da operação de inverno.
Na semana passada, a companhia aérea anunciou uma redução da frota global até final de 2021 em 51 aeronaves, que levará a uma redução global de 30% dos efetivos.
“É um anúncio duro e difícil, mas é algo que é vital e necessário para podermos sobreviver”, disse.
“Estamos em modo de sobrevivência, só é espetável atingirmos os níveis de trafego do ano passado em 2023 . Mesmo correndo bem a operação não podemos ter ilusões, vem aí um Inverno difícil. Vivemos ainda num momento de muita insegurança. Vamos ter que continuar a lutar pela nossa sobrevivência”, acrescentou.
Em Portugal, a empresa aguardará pelo final do mês para decidir de que forma irá implementar a redução de postos de trabalho, mas José Lopes garante que será sempre tida em conta a realidade de cada país e de cada departamento.
“É precisa uma análise muito cuidada, mas necessária para que a empresa saia desta crise forte e com capacidade para poder voltar a crescer e recuperar os postos de trabalho”, disse.
A nível global, a EasyJet planeia voar 50% das suas 1.022 rotas em julho e 75% em agosto, embora com uma frequência mais baixa de voos, equivalente a cerca de 30% da capacidade normal de julho a setembro.
A companhia iniciará os voos a partir de 15 de junho e implementará uma série de medidas elaboradas em conjunto com as autoridades de aviação nacionais e internacionais para ajudar a garantir a segurança e o bem-estar dos passageiros e da tripulação.
Estas medidas incluem a limpeza e desinfeção dos aviões e a exigência de que os passageiros e a tripulação devem usar máscaras.
Os clientes poderão praticar o distanciamento social nos aeroportos, nos portões e durante o embarque.
A bordo, e sempre que possível, a tripulação convidará os passageiros a distanciarem-se dos clientes que não pertencem ao mesmo grupo quando há lugares disponíveis.
A easyJet afirma ainda que continuará a trabalhar com todas as autoridades nacionais relevantes para avaliar, rever e adaptar medidas necessárias a longo prazo.
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