O Ministério da Educação revelou esta quinta-feira, em comunicado enviado aos órgão de comunicação social, os resultados da primeira monitorização do Plano de Recuperação das Aprendizagens 21|23 Escola+, segundo a qual estão em "desenvolvimento e implementação mais de 80% das ações previstas".

De acordo com a nota, nas escolhas feitas pela generalidade das escolas, destaca-se a adoção, em larga maioria, das ações "Escola a Ler" (82%), "Começar um novo ciclo e/ou 1.º ciclo e novos ciclos" (74%) e "Capacitar para avaliar" (66%).

O Plano 21|23 Escola+, criado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 90/2021, de 7 de julho, incide em três eixos de atuação: “Ensinar e Aprender”, “Apoiar as Comunidades Educativas” e o “Conhecer e Avaliar”, integrando cada um várias domínios que se desenvolvem através da realização de ações específicas. Começou a ser implementado no início do ano letivo, conta com uma verba de 900 milhões de euros para dois anos, prevendo o reforço de recursos humanos, a sua formação contínua, a aposta em novos recursos digitais e uma maior autonomia das escolas na organização do calendário escolar, na adaptação do currículo e na gestão flexível das turmas para fins pedagógicos.

Ainda no mesmo comunicado, o Ministério da Educação divulgou o Guião de Práticas e Sugestões (GPS). "O trabalho de apoio às escolas na monitorização dos efeitos da pandemia nas aprendizagens dos alunos envolve a análise dos resultados do desempenho dos alunos, associada ao desenvolvimento de práticas mais adequadas à superação das dificuldades detetadas", pode ler-se.

O Instituto de Avaliação Educativa, I.P. (IAVE) desenvolveu o projeto PAR (Projeto de Acompanhamento de Escolas na Análise e Utilização dos Relatórios de Avaliação Externa), que deu origem a dois guiões com
orientações para a análise e utilização dos resultados das Provas de Aferição: um Guião de Práticas e Sugestões para o 1º e outro para os 2.º e 3.º ciclos. "Estes GPS são exemplos de práticas de referência, que envolvem alunos, professores e encarregados de educação", conclui.