![Egito organiza cimeira árabe de emergência sobre planos de Trump para Gaza](/assets/img/blank.png)
A cimeira ocorre numa altura em que o Cairo reuniu apoio regional contra o plano do Presidente Donald Trump de transferir os habitantes de Gaza para o Egito e Jordânia, e colocar o território palestiniano sob controlo dos Estados Unidos.
O anúncio da cimeira coincidiu com a partida do ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito, Badr Abdelatty, para Washington, onde deverá encontrar-se com altos funcionários da administração Trump e membros do Congresso.
O objetivo da visita é “reforçar as relações bilaterais e a parceria estratégica entre o Egito e os Estados Unidos” e realizar “consultas sobre a situação regional”, segundo o ministério, citado pela agência francesa AFP.
Trump lançou na semana passada a ideia de os Estados Unidos reconstruírem a Faixa de Gaza, devastada por 15 meses de bombardeamentos israelitas, e fazerem do território uma “Riviera do Médio Oriente”.
O plano, aplaudido perlo Governo de Israel, implicaria a deslocação dos mais de dois milhões de habitantes da Faixa de Gaza para o Egito e a Jordânia.
A proposta de Trump suscitou um coro de protestos em todo o mundo, particularmente dos países árabes, que insistiram na necessidade de uma solução de dois Estados, israelita e palestiniano, para resolver o conflito israelo-palestiniano.
A diplomacia egípcia disse que a cimeira foi convocada a pedido dos palestinianos após consultas “ao mais alto nível com os países árabes nos últimos dias”.
Os contactos foram estabelecidos em particular com o Bahrein, que detém atualmente a presidência da Liga Árabe, acrescentou o ministério.
O chefe da diplomacia egípcia tinha mantido conversações na sexta-feira com os parceiros da Jordânia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos para adotar uma posição unida, rejeitando qualquer deslocação forçada de palestinianos.
A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque do grupo extremista palestiniano em solo israelita em 07 de outubro de 2023.
O conflito foi interrompido por um acordo de cessar-fogo que entrou em vigor em 19 de janeiro, que prevê a troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos.
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