Há quatro meses, em 5 de abril, foram aprovados, com 80% dos votos favoráveis, 14 contra, seis nulos e um branco, os cabeças de lista propostos pela líder do partido, também numa reunião do conselho nacional, órgão mais importante entre congressos, em Lisboa.
A quota nacional inclui, além dos cabeças de lista, os primeiros candidatos nos dois maiores círculos (Lisboa e Porto). Estatutariamente, e por uma questão de autonomia, Açores e Madeira escolhem os seus candidatos.
O CDS terá duas mulheres a liderar a lista nos dois maiores círculos, Assunção Cristas, presidente do partido, em Lisboa e a sua vice-presidente Cecília Meireles será número um no Porto.
Cristas optou por deixar Leiria, onde foi candidata noutras eleições, inclusive quando o CDS concorreu coligado com o PSD. A lista neste distrito será encabeçada por outra mulher, a ex-jornalista da Rádio Renascença Raquel Abecassis (independente), que já fora candidata do partido à freguesia das Avenidas Novas, em Lisboa, nas autárquicas.
O líder da Juventude Popular, Francisco Rodrigues dos Santos, é número dois na lista do Porto.
No maior círculo do país, Lisboa, depois de Cristas, surgem na lista os deputados Ana Rita Bessa, João Gonçalves Pereira, que também é líder da distrital, Pedro Morais Soares, secretário-geral e que não estava no parlamento, Isabel Galriça Neto, outra deputada, e em sexto lugar Sebastião Bugalho, independente, ex-jornalista, colunista e analista político,
Na lista do Porto, depois de Cecília Meireles, estão Francisco Rodrigues dos Santos, Fernando Barbosa, líder da distrital, e Isabel Menéres Campos, jurista e docente na Universidade Católica do Porto.
No total, há nove deputados como cabeças-de-lista: Assunção Cristas em Lisboa, Cecília Meireles no Porto, Nuno Magalhães, líder parlamentar, em Setúbal, João Almeida em Aveiro, Telmo Correia em Braga, João Rebelo em Faro, Patrícia Fonseca em Santarém, Filipe Anacoreta Correia em Viana do Castelo e Helder Amaral em Viseu.
Em Beja, a cabeça-de-lista proposta é Inês Palma Teixeira, em Bragança Nuno Moreira, em Castelo Branco Assunção Vaz Pato, em Coimbra Rui Lopes da Silva, ex-jornalista da RTP, um independente que é chefe de gabinete de Cristas, e na Guarda, Henrique Monteiro.
Em Évora, a escolha recaiu em Paulo Pessoa de Carvalho, em Portalegre é José Manuel Rato Nunes e em Vila Real Patrique Alves.
No círculo Fora da Europa, o CDS escolheu Gonçalo Nuno Santos, ex-militante do PSD na Madeira e que chegou a exercer funções no Governo Regional, com a pasta das Comunidades.
No círculo da Europa, a cabeça-de-lista é Melissa da Silva, filha de emigrantes em França.
O resto da composição das listas cabe às distritais do partido, que serão aprovadas em conselho nacional.
Em 23 de julho, a Tendência Esperança em Movimento-CDS (TEM-CDS) acusou a presidente do partido de autismo na escolha de candidatos a deputados para as legislativas e de "pouca democraticidade interna", opondo-se à aprovação das listas sem ser conselho nacional.
O CDS-PP foi o primeiro partido a iniciar formalmente o processo de escolha de candidatos a deputados nas legislativas.
Nas legislativas de outubro de 2015, o CDS-PP concorreu em coligação com o PSD, tendo os dois partidos obtido 36,8% dos votos. Os centristas elegeram 18 deputados.
Em 2011, os centristas, então liderados por Paulo Portas, conseguiram 11,7% dos votos e elegeram 24 deputados, tendo depois formado uma aliança com o PSD, de Pedro Passos Coelho, que venceu as eleições.
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