Os primeiros candidatos, da quota nacional da direção de Assunção Cristas, os elegíveis, já estavam escolhidos desde 5 de abril e com a votação de hoje o CDS encerrou o processo das listas de candidatos.
As quotas distritais das listas foram aprovadas com 103 votos a favor, 15 contra a seis votos brancos.
Em abril, foram aprovados, com 80% dos votos favoráveis, 14 contra, seis nulos e um branco, os cabeças de lista propostos pela líder do partido, também numa reunião do conselho nacional, órgão mais importante entre congressos, em Lisboa.
A quota nacional inclui, além dos cabeças de lista, os primeiros candidatos nos dois maiores círculos (Lisboa e Porto). Estatutariamente, e por uma questão de autonomia, Açores e Madeira escolhem os seus candidatos.
O resto da composição das listas cabe às distritais do partido, aprovadas também em conselho nacional.
No seu discurso, segundo dirigentes presentes na reunião, Abel Matos Santos, da Tendência Esperança em Movimento-CDS (TEM), criticou a estratégia da direção de Assunção Cristas, que acusou de excluir, rejeitar e impor, por exemplo, no processo de formação das listas de candidatos a deputados às eleições de 6 de outubro, em vez de seguir uma estratégia de unidade.
A tendência queixou-se de não ter sido ouvida neste processo, apontou as divisões internas criadas com as listas e criticou a falta de bandeiras eleitorais do partido e a forma como Cristas tem baixado as fasquias eleitorais dos centristas para as eleições.
Por fim, Abel Matos Santos responsabilizou a presidente do partido, a direção nacional pelos resultados de 06 de outubro.
O CDS terá duas mulheres a liderar a lista nos dois maiores círculos, Assunção Cristas, presidente do partido, em Lisboa e a sua vice-presidente Cecília Meireles será número um no Porto.
Cristas optou por deixar Leiria, onde foi candidata noutras eleições, inclusive quando o CDS concorreu coligado com o PSD. A lista neste distrito será encabeçada por outra mulher, a ex-jornalista da Rádio Renascença Raquel Abecassis (independente), que já fora candidata do partido à freguesia das Avenidas Novas, em Lisboa, nas autárquicas.
O líder da Juventude Popular, Francisco Rodrigues dos Santos, é número dois na lista do Porto.
Nas legislativas de outubro de 2015, o CDS-PP, liderado por Paulo Portas, concorreu em coligação com o PSD, tendo os dois partidos obtido 36,8% dos votos. Os centristas elegeram 18 deputados.
Em 2011, os centristas conseguiram 11,7% dos votos e elegeram 24 deputados, tendo depois formado uma aliança com o PSD, de Pedro Passos Coelho, que venceu as eleições.
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