Apesar de já ter estado presente noutras iniciativas, foi só no penúltimo dia da corrida eleitoral que Francisco Louçã discursou pela primeira e única vez neste caminho para as legislativas, com respostas para quem definiu "o tom desta campanha pelo ataque ao Bloco, que provocaria ingovernabilidade se fosse mais forte".
"Fomos muitos os que nos lembrámos que António Costa é primeiro-ministro porque Catarina Martins e também Jerónimo de Sousa lhe deram a mão e nunca faltaram aos seus compromissos", atirou.
O BE, defendeu o seu antigo líder, "assegurou a governabilidade para proteger a vida de quem trabalha e sem essa firmeza a direita estaria no poder".
Na perspetiva de Louçã, "cada uma" das escolhas que o BE fez ao longo desta legislatura foi um sucesso.
"Se isto é uma geringonça pois foi dessa invenção que Portugal precisou para recuperar salários e pensões e este foi o triunfo dos quatro anos", elogiou.
Para o fundador bloquista trata-se de um "sucesso notável", que "valeu em cada dia que passou" e ainda mais porque responsabiliza o partido "para o futuro".
"O Bloco de Esquerda cresceu como o partido do povo trabalhador e mostrou nesta campanha que será ainda maior", antecipou.
Nesta luta de quatro anos "houve de tudo", segundo Louçã.
"Combateu a instabilidade quando, lembram-se, o Governo se quis deitar abaixo para provocar eleições em fim de julho. Onde é que esteve o bom senso e a estabilidade? No Bloco de Esquerda", disse.
Os bloquistas, na legislatura que agora termina, recusaram "a violação dos acordos assinados quando o Governo quis entregar alguns milhares de milhões de euros ao patronato retirados na Segurança Social", recordou também o antigo líder do BE.
"Lembram-se? E onde é que esteve a lealdade ao compromisso firmado? No Bloco de Esquerda", rematou.
Assim, na visão de Louçã, o Bloco foi a "sensatez e compromisso quando outros procuraram jogos de interesses partidários ou de favorecimento económicos".
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