"Isto é mesmo Porto, carago!", exclamou Jerónimo de Sousa ao chegar ao palanque do discurso final, após a marcha de cerca de um quilómetro, desde a praça da República, ao fundo da avenida dos Aliados, passando pela rua 31 de janeiro até à pedestre rua de Santa Catarina.

Os cumprimentos e as palavras de ordem gritadas pelos participantes no desfile, empunhando balões e bandeiras da coligação que junta PCP e "Os Verdes", agradaram ao secretário-geral comunista.

"Aumenta a nossa confiança de que é possível uma CDU reforçada. Ainda faltam horas, ainda falta muito tempo para continuar a vencer hesitações e a abstenção. Aqui estamos, de peito cheio. Creio que, para além das pessoas, é o próprio entusiasmo e a confiança que nos tocam", afirmou.

Questionado sobre declarações do seu homólogo socialista e primeiro-ministro, António Costa, que dramatizou o discurso de apelo ao voto sobre o risco de o próximo executivo ficar de "mãos atadas", Jerónimo de Sousa reiterou a sua posição contra as maiorias absolutas.

"Não alteramos a nossa posição. Continuamos a pensar que o PS não pode ter as mãos totalmente livres em relação ao futuro. Por isso mesmo, continuamos a considerar que é com o reforço da CDU que conseguimos esse objetivo", disse.

O líder do PCP sublinhou que "o primeiro e principal compromisso será sempre com os trabalhadores e com o povo".

"Naquilo que for positivo para continuar a avançar, lá estará o PCP e a CDU. Aquilo que for negativo terá a nossa resistência e o nosso voto contra", concluiu.