1 – ADN: Gerente hoteleiro volta a encabeçar a lista e promete “bater em temas inovadores”
O ex-militante do Chega Miguel Pita, rosto de várias manifestações contra o excesso das medidas restritivas contra a covid-19 aplicadas na Madeira, volta a encabeçar a lista da Alternativa Democrática Nacional, depois da estreia nas regionais de setembro de 2023.
Natural do Funchal, nascido em 27 dezembro de 1972 e gerente hoteleiro de profissão, Miguel Pita foi candidato do Chega a uma junta de freguesia em 2020 e nas legislativas nacionais de 2022.
Porém, diz que a sua filiação no Chega foi “pura ilusão” e em 2023 tornou-se militante do ADN, tendo encabeçado a lista às legislativas madeirenses nesse ano, nas quais o partido foi o menos votado em 13 candidaturas, obtendo 617 votos (0,47%), num universo de 135.446 votantes.
Miguel Henrique Silva Pita, que reside no concelho da Ribeira Brava, na zona oeste da Madeira, diz que o objetivo do ADN nas antecipadas de 26 de maio é eleger um deputado, mas avisa que o partido não está disponível para acordos pós-eleitorais com nenhuma outra força política.
O candidato, também coordenador do ADN na região autónoma, afirma que “seria uma honra ser na Madeira o primeiro assento parlamentar” partido, vincando que vai “bater em temas inovadores”.
2 – BE: Antigo coordenador regional quer reforçar representação parlamentar
O antigo coordenador do Bloco de Esquerda na Madeira Roberto Almada é outra vez o cabeça de lista, depois de ter sido eleito deputado único do partido nas regionais de 2023, o que marcou o regresso dos bloquistas ao parlamento regional.
O Bloco de Esquerda perdeu a representação parlamentar na legislatura 2011-2015, depois elegeu dois deputados na legislatura entre 2015 e 2019, mas nas eleições desse ano não conseguiu qualquer representante.
Agora, nas antecipadas de 26 de maio na Madeira, o candidato diz que o objetivo e aumentar a representação parlamentar e assegura que “nunca fará entendimentos com o PSD”, nem com os partidos de direita.
Roberto Carlos Teixeira Almada nasceu no Funchal, concelho onde reside, em 16 de novembro 1970 e estreou-se na política regional em 1999, mas só ocupou o lugar de deputado em 2008 para substituir o histórico líder da UDP/Madeira Paulo Martins.
Depois de ter coordenado o BE/Madeira durante cerca de uma década, Roberto Almada, que é técnico superior de Educação Social, afastou-se da vida política quando perdeu as eleições internas em 2018, das quais Paulino Ascensão saiu vencedor.
Em setembro de 2023, aceitou o desafio de encabeçar a lista do partido e foi eleito com 3.035 votos (2,30%), num universo de 135.446 votantes.
3 – PS: Professor quer “virar a página” na governação da região autónoma
Paulo Cafôfo, líder do PS/Madeira e deputado na Assembleia da República, é o cabeça de lista às antecipadas de 26 de maio e afirma que os socialistas são a única força capaz de assegurar a alternância governativa na região.
Professor, licenciado em História, Paulo Alexandre Nascimento Cafôfo tornou-se conhecido por ter encabeçado a lista que retirou pela primeira vez o poder ao PSD na Câmara Municipal do Funchal, em 2013, e por ter desempenhado o cargo de secretário de Estado das Comunidades no último Governo PS de António Costa.
Liderou a autarquia do Funchal entre 2013 e 2019, ano em que deixou o cargo para encabeçar a lista do PS às regionais, tendo o partido obtido o melhor resultado de sempre com a eleição de 19 deputados.
Em 2020 foi eleito presidente do PS/Madeira, mas demitiu-se em setembro de 2021 alegando o mau resultado do partido nas eleições autárquicas. Em março deste ano, encabeçou a lista socialista de candidatos pelo círculo da Madeira à Assembleia da República e foi eleito deputado.
O PS mantém o estatuto de maior partido da oposição madeirense, mas sofreu uma forte quebra na votação nas regionais de 24 de setembro de 2023, passando de 19 deputados para 11 (28.840 votos - 21,89%), num total de 47 que compõem o hemiciclo, o que levou à saída do líder regional, Sérgio Gonçalves.
Paulo Cafôfo voltou então a candidatar-se à liderança da estrutura regional do partido, sem opositor, e foi eleito.
Nascido em 18 de maio de 1971 (tem 52 anos e celebrará o aniversário durante a campanha), na freguesia de Santa Luzia, no concelho do Funchal, onde reside, Paulo Cafôfo quer agora “virar a página” na região autónoma.
4 – Livre: Profissional de cultura não filiada quer devolver esperança às pessoas
Marta Sofia, profissional de cultura, é a cabeça de lista do Livre, partido que se estreou em eleições regionais na Madeira em setembro de 2023, obtendo 858 votos (0,65%), num universo de 135.446 votantes.
A candidata, que tem 40 anos (nasceu em 06 de novembro de 1983), concorre como não filiada no partido e quer “dar esperança” às pessoas que estão descrentes da política e dos políticos.
Marta Sofia Vieira Silva, que já militou no PEV e no BE, garante que, se for eleita, não viabilizará “nenhum governo do PSD ou à direita”, sublinhando que também não apoiará quem compactua com os social-democratas, que governam a região autónoma desde 1976.
Natural do Funchal, mas atualmente a residir no concelho de Santa Cruz, na zona leste da Madeira, a cabeça de lista do Livre destaca a habitação, a saúde e a ecologia como áreas prioritárias do programa eleitoral do partido.
5 – IL: Ator e técnico de aeronáutica volta a encabeçar lista que o elegeu deputado em 2023
O ator e produtor teatral Nuno Morna volta a encabeçar a lista da Iniciativa Liberal (IL) nas antecipadas de 26 de maio, depois de ter sido eleito deputado único nas regionais de 2023, marcando a estreia do partido no parlamento madeirense.
Humberto Nuno de Carvalho Homem e Morna Gomes, que nasceu em 17 de fevereiro de 1961 (tem 63 anos), na freguesia de São Pedro do Sul, no distrito de Viseu, quer agora reforçar a votação na IL e recusa entendimentos com outras forças políticas.
O candidato, também técnico de aeronáutica da NAV - Navegação Aérea, integra a IL desde 2017, sendo um dos fundadores do partido, do qual foi membro do Conselho Nacional. Integra hoje a Comissão Executiva e é coordenador do núcleo da Madeira.
Em 2019, foi o cabeça de lista nas regionais da Madeira, sem conseguir o mandato, e surgiu em terceiro lugar na lista nacional do partido nas europeias desse ano. Foi também candidato à Câmara de Santa Cruz, concelho onde reside, nas autárquicas de 2021.
Nas regionais de 2023, a IL obteve 3.555 votos (2,70%), num universo de 135.446 votantes, e Morna foi eleito deputado.
Nuno Morna, que tem o 12.º ano e frequência universitária, é uma cara conhecida pela sua participação na vida cultural durante 40 anos. Colaborou durante mais de uma década com a RDP e a RTP na Madeira, apresentando, realizando e produzindo programas, e regista várias participações em séries televisivas.
O seu nome está também ligado à fundação da Companhia de Teatro da Madeira (COM.TEMA). Iniciou a sua carreira como ator no Teatro Experimental do Funchal e fez parte do elenco da companhia de teatro Arte Livre do Brasil, que fez 182 apresentações do espetáculo “Eva Perón” em diversos palcos de Portugal, Espanha e Brasil.
6 – RIR: Enfermeira quer ser eleita para lutar contra as “políticas de arrogância”
A enfermeira Liana Reis encabeça a lista do Reagir Incluir Reciclar (RIR) e quer afirmar o partido como uma “alternativa centrista” contra as “políticas de arrogância” dos governos do PSD, vincando que o objetivo é a eleição de um deputado.
Nascida no Funchal em 09 de abril de 1978 (tem 46 anos), concelho onde reside, a candidata manifesta-se esperançada no crescimento do partido, que nas regionais de 2023 obteve 727 votos (0,55%) num universo de 135.446 votantes, e avisa que não está disponível para acordos com nenhuma força.
Liana Pestana dos Reis é militante do RIR desde 2022 e atualmente líder regional do partido, mas nas autárquicas de 2021 integrou como independente a candidatura da coligação Funchal Sempre à Frente (PSD/CDS-PP), que venceu com maioria absoluta, e é deputada suplente na Assembleia Municipal do Funchal.
Licenciada em Enfermagem, com pós-graduação em Gestão de Serviços de Saúde e Instituições Sociais, Liana Reis é também vogal da direção nacional do RIR.
A candidata diz que um dos objetivos da campanha para as antecipadas de 26 de maio é fazer ver aos eleitores que o nome do partido – Reagir Incluir Reciclar – “nunca fez tanto sentido como agora” e que “está na hora da mudança” na região autónoma.
7 – CDU (PCP/PEV): Ex-sacerdote pede mais votos para superar desigualdades sociais na região
O professor e ex-sacerdote Edgar Silva, coordenador do Partido Comunista Português na Madeira, é o cabeça de lista da CDU às antecipadas de 26 de maio, tal como aconteceu em todas as legislativas regionais desde 1996, tendo sido sempre eleito.
Edgar Freitas Gomes Silva, 61 anos e residente no Funchal, concelho onde nasceu em 25 de setembro 1962, considera que só haverá condições para superar as desigualdades sociais com o reforço da coligação PCP/PEV e não equaciona eventuais acordos com outras forças.
Ainda conhecido na região por “padre Edgar”, apesar de ter deixado o sacerdócio em 1990, o candidato da CDU cedeu o lugar ao número dois da lista nas regionais de 2023, nas quais a coligação elegeu um deputado único, num total de 47 que compõem o parlamento da Madeira, ao obter 3.677 votos (2,79%), num universo de 135.446 votantes.
Edgar Silva saiu da Madeira na década de 1980 para frequentar o seminário no território continental, sendo licenciado em Teologia e mestre em Teologia Sistemática e História da Religião pela Universidade Católica Portuguesa e doutorado em História Social.
De regresso à região, em 1987, envolveu-se com a fundação do Movimento do Apostolado das Crianças, destinado a apoiar os denominados “meninos das caixinhas”, que pediam esmola no Funchal.
Foi na sequência deste projeto que se tornou conhecido, ao denunciar o grave problema da prostituição infantil e de pedofilia em Câmara de Lobos, uma situação retratada depois no filme “Até amanhã, Mário”.
A sua intervenção política levou-o à filiação no PCP em 1999, mas antes foi escolhido para candidato, como independente, nas regionais de 1996, e foi sucessivamente eleito até à legislatura que começou em 2023.
Edgar Silva tem na política a sua ocupação, sendo ainda membro do Comité Central do PCP. Em 2016 foi candidato à Presidência da República, ficando em quinto lugar, com 182.906 votos (3,95%).
8 – CHEGA: Líder regional e ex-militante do PSD confiante no reforço da representação parlamentar
Miguel Castro, funcionário público na área do ambiente, encabeça novamente a lista do Chega, partido que se estreou no parlamento madeirense nas regionais de 2023 com a eleição de quatro deputados, sendo a quarta força mais votada.
O candidato diz que, nas antecipadas de 26 de maio, o objetivo é reforçar a representação parlamentar e avisa que o partido não está disponível para acordos com nenhuma força política.
Basílio Miguel da Câmara Castro, que já foi militante do PSD, aderiu ao Chega em 2019 e é presidente da comissão política regional desde 2022.
Nas legislativas de 23 de setembro de 2023, o partido elegeu quatro deputados, num total de 47 que compõem o parlamento madeirense, obtendo 12.029 votos (9,13%), num universo de 135.446 votantes.
Natural da ilha do Porto Santo, onde nasceu em 02 de janeiro de 1973 (tem 51 anos), mas residente no Funchal, Miguel Castro é atualmente líder da bancada parlamentar do Chega na Assembleia Legislativa. Em 2021, foi o cabeça de lista à presidência da Câmara Municipal do Funchal, num ato eleitoral em que o partido foi o quarto mais votado.
9 – CDS-PP: Jornalista e presidente do parlamento recusa ser “bengala” do PSD
José Manuel de Sousa Rodrigues, jornalista de profissão e presidente da Assembleia Legislativa da Madeira desde 15 de outubro de 2019, na sequência do acordo de governo entre o PSD e o CDS-PP, encabeça a lista centrista às antecipadas.
O CDS-PP, que nas regionais de 2023 concorreu coligado com o PSD, avança agora com uma lista própria e o candidato diz-se preparado para entendimentos, mas recusa ser uma “bengala” ou “extensão” do PSD.
O cabeça de lista democrata-cristão, que foi presidente do CDS-PP/Madeira entre 1997 e 2015 e regressou em abril à liderança, considera que “nada voltará a ser como dantes na relação do CDS e do PSD”.
José Manuel Rodrigues, que é militante do CDS-PP desde 1976 e foi líder da Juventude Centrista madeirense, nasceu em 13 de julho de 1960 (tem 63 anos) na freguesia de Santa Maria Maior, no concelho do Funchal, onde reside.
O candidato, que também foi deputado municipal no Funchal e tem o antigo curso complementar dos liceus (equivalente ao 12.º ano de escolaridade), assumiu o cargo de presidente do parlamento da Madeira em 2019, quando o CDS-PP, que tinha elegido três deputados, assinou um acordo de governo com o PSD, que elegera 23, num total de 47 que compõem o hemiciclo, viabilizando assim o executivo liderado por Miguel Albuquerque.
O CDS-PP sempre esteve representado na Assembleia Legislativa da Madeira.
Nas últimas eleições regionais, em 24 de setembro de 2023, a coligação PSD/CDS-PP Somos Madeira obteve 58.394 votos (44,31%) e elegeu 23 deputados (20 social-democratas e três centristas), faltando um para a maioria absoluta, o que motivou um acordo de incidência parlamentar com a deputada única do PAN.
Além da presidência do parlamento, o CDS-PP garantiu também duas pastas no executivo - Economia e Pescas – desde 2019.
10 – MPT: Empresário e líder do partido não tem “linhas vermelhas” para acordos pós-eleitorais
O empresário Válter Freitas Rodrigues, que se estreou no MPT nas legislativas regionais de 2019, avança novamente como cabeça de lista do partido e está disponível para acordos pós-eleitorais com quem aceitar o seu programa eleitoral.
O candidato, que reside no Funchal, concelho onde nasceu em 30 de julho de 1981 (tem 43 anos), já militou no Nós, Cidadãos! e aderiu ao Movimento Partido da Terra (MPT) em 2019, sendo atualmente deputado da oposição na Assembleia Municipal do Funchal, eleito pela coligação Confiança (PS/BE/MPT/PAN/PDR) em 2021.
Empresário no setor da construção civil, Valter Rodrigues é coordenador da estrutura regional do MPT e diz que o objetivo nas antecipadas de 26 de maio é a eleição de pelo menos um deputado, defendendo que não deve haver “linhas vermelhas” em relação a possíveis entendimentos com outras forças partidárias.
Válter Rodrigues frequentou o curso de Engenharia Civil na Universidade da Madeira.
Nas legislativas regionais de 24 de setembro de 2023, o MPT foi a segunda força com menos votos, logo a seguir ao ADN, num total de 13 candidaturas, obtendo 696 votos (0,53%), num universo de 135.446 votantes.
11 – PSD: Presidente demissionário e arguido mostra-se confiante na vitória
Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira desde 2015, é o cabeça de lista do PSD às antecipadas de 26 de maio, convocadas na sequência da crise política que motivou a queda do executivo PSD/CDS-PP.
O processo que investiga suspeitas de corrupção no arquipélago, no âmbito do qual Albuquerque foi constituído arguido, levou à sua demissão e fez cair o executivo de coligação, que se encontra em gestão desde fevereiro.
No entanto, o líder social-democrata madeirense não desistiu, mantendo-se na presidência do partido e encabeçando a candidatura do PSD às antecipadas, mostrando-se confiante na vitória do partido, que governa a região desde 1976.
Nascido em maio de 1961, no Funchal, Miguel Filipe Machado de Albuquerque licenciou-se em Direito e exerceu a advocacia entre 1986 e 1993, altura em que se focou na vida política.
Militante do PPD/PSD da Madeira desde a década de 1980, liderou a JSD madeirense, foi deputado na Assembleia Regional, presidente da Câmara Municipal do Funchal (entre setembro de 1994 e outubro de 2013) e presidente da Associação de Municípios da Madeira, cessando a vida autárquica devido à lei da limitação de mandatos.
Durante algum tempo foi considerado um “delfim” do carismático líder do partido Alberto João Jardim, mas os dois acabaram por entrar em confronto e disputaram eleições internas em 2012, nas quais Albuquerque foi derrotado por 142 votos.
Conseguiu o cargo em 2014, quando derrotou o então secretário regional Manuel António Correia.
Em março, na sequência da crise política, Albuquerque voltou a disputar a liderança do PSD/Madeira com Manuel António Correia e saiu vencedor.
11 – PAN: Assistente social viabilizou Governo PSD/CDS-PP mas agora impõe limitações
A assistente social Mónica Freitas volta a encabeçar a candidatura do PAN depois de ter sido eleita nas regionais de 2023 e espera agora reforçar a representação parlamentar do partido, mas impõe “linhas vermelhas e limitações” a entendimentos.
Nascida na freguesia de São Pedro, no Funchal, em 28 de novembro de 1995 (tem 28 anos), e residente no concelho de Santa Cruz, Mónica Freitas esteve no centro da vida política madeirense nos últimos meses porque decidiu retirar o apoio político ao presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, quando o social-democrata foi constituído arguido numa investigação judicial de alegada corrupção.
Após as eleições de 2023, a deputada única do PAN celebrou um acordo de incidência parlamentar com o PSD, permitindo à coligação de direita assegurar a maioria absoluta, mas agora recusa “analisar cenário hipotéticos” relacionados com eventuais entendimentos pós-eleitorais.
Mónica Alexandra Soares Freitas Marciel é militante do Pessoas Animais Natureza desde 2021.
Licenciada em Serviço Social e em Igualdade de Género, com o curso de técnica de apoio à vítima, a candidata não tinha qualquer experiência em atos eleitorais quando, em setembro de 2023, avançou como cabeça de lista do PAN, depois de a direção do partido ter afastado o principal candidato, Joaquim Sousa, alegando “uma incompatibilidade”.
Diz que sempre foi ativista em causas de cariz social - integrou a Comissão Para o Estatuto da Mulher da Organização das Nações Unidas, em 2017, e fundou a associação Womaniza.te.
13 – PTP: Empresária quer regressar ao parlamento para representar os eleitores com “ousadia”
A empresária Raquel Coelho quer regressar ao parlamento madeirense, onde o PTP esteve presente entre 2011 e 2019, para “dar aos eleitores uma representação com caráter e ousadia” e diz que o partido está disponível para acordos.
Raquel da Conceição Vieira Coelho nasceu em 02 de julho de 1988 (tem 35 anos) e foi líder regional do Partido Trabalhista Português (PTP) entre 2019 e 2023.
É filha do polémico ex-deputado José Manuel Coelho, que foi candidato à Presidência da República nas eleições de 2011, e exerceu a função de deputada na Assembleia Legislativa da Madeira em 2011-2015 e 2018-2019. Foi também deputada na Assembleia Municipal do Funchal, eleita pela coligação Mudança (PS/BE/PND/MPT/PTP/PAN).
Empresária no setor do alojamento local, Raquel Coelho é natural do concelho de Santa Cruz, na zona leste da Madeira, mas reside atualmente no Funchal.
A candidata do PTP promete representar os eleitores “com caráter, com coragem, com ousadia, com competência, com dedicação” e está disponível para acordos com outras forças, mas exclui à partida PSD, CDS-PP, PAN, Chega e Iniciativa Liberal, vincando que os trabalhistas também estão “bastante escaldados” com o PS.
14 – JPP: Arqueólogo diz que partido está preparado para ser “hipótese de governo”
O arqueólogo Élvio Sousa volta a encabeçar a lista do Juntos pelo Povo (JPP), o partido que surpreendeu nas regionais de 2015, ao conseguir eleger na sua estreia cinco deputados, e agora afirma-se preparado para ser hipótese de governo.
Nascido em 19 de abril de 1973 (tem 51 anos), o candidato, que é arqueólogo de profissão e doutorado, é também o secretário-geral do JPP e nunca militou noutro partido.
Élvio Duarte Martins de Sousa foi presidente da Junta de Freguesia de Gaula, no concelho de Santa Cruz, município governado desde 2013 pelo seu irmão, Filipe Sousa, considerado o ‘pai’ desta força política, que começou por ser um movimento de cidadãos.
Foi eleito deputado na estreia do JPP em eleições regionais, em 29 de março de 2015, ano em que o partido foi validado pelo Tribunal Constitucional, e reeleito em 2019 e 2023.
Élvio Sousa foi um dos principais impulsionadores da intervenção de cidadãos na política regional que permitiu afastar o PSD da liderança do concelho de Santa Cruz.
Também é licenciado em História e mestre em História Regional e Local pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, investigador do Centro de História de Aquém e de Além-Mar, da Universidade Nova de Lisboa, e está ligado ao projeto do Núcleo Histórico do Solar do Ribeirinho, em Machico.
Na Assembleia Legislativa, tem defendido uma forma positiva de fazer política, assumindo um papel fiscalizador da atuação do Governo Regional.
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