“No dia 26 de maio, a opção é clara: ou as pessoas querem-me a mim para presidente do Governo Regional ou querem o Miguel Albuquerque para presidente do Governo Regional. Estas são as duas únicas opções”, afirmou o também líder do PS/Madeira.
Paulo Cafôfo falava aos jornalistas após a entrega da lista de candidatos às eleições antecipadas – 47 efetivos e 47 suplentes – no Tribunal Judicial da Comarca da Madeira, no Funchal, considerando que é “congregadora, abrangente” e integra pessoas experientes e competentes.
O socialista insistiu que a escolha no dia das eleições é entre o PSD, “que está no poder há quase 50 anos, que está a cair podre, que está amarrado, preso a uma teia de interesses”, e o PS, “que tem soluções, ideias, inovação naquilo que quer propor para a solução de problemas que existem há demasiado tempo”.
“É preciso dizer que o tempo das maiorias absolutas acabou, não há mais maiorias absolutas e, neste contexto em que não há mais maiorias absolutas, há partidos da oposição que dizem que querem a mudança, mas que na primeira oportunidade e na própria noite das eleições estarão disponíveis para fazer um acordo com o PSD”, reforçou, especificando que se referia ao Chega, Iniciativa Liberal, CDS-PP e PAN.
Para Paulo Cafôfo, ao votarem nesses partidos “estarão os eleitores a querer a continuidade de Miguel Albuquerque à frente do Governo Regional”, reiterando que, “por isso, a única opção será o Partido Socialista”.
Questionado sobre uma notícia hoje publicada na edição impressa do Correio da Manhã, que dá conta que as autoridades judiciárias congelaram 170 mil euros à mulher de Miguel Albuquerque, que tentou movimentar a quantia três dias após as buscas da PJ, Cafôfo não quis comentar.
“Não tenho nenhum comentário a fazer, nem a manchetes de jornais, nem a outras situações que vieram hoje na comunicação social. O meu único foco é as soluções que queremos apresentar aos madeirenses”, disse.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o parlamento da Madeira e convocou eleições antecipadas para 26 de maio na sequência da crise política motivada pelo processo que investiga suspeitas de corrupção no arquipélago.
O Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN, está em gestão desde o início de fevereiro. O presidente do executivo, o social-democrata Miguel Albuquerque, pediu a demissão do cargo depois de ser constituído arguido no âmbito naquele processo e de o PAN lhe ter retirado a confiança política.
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