O primeiro boletim de ocorrências do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desta segunda volta das eleições brasileiras indica que, até às 10h00 (hora local), foram substituídas 912 urnas - um número mínimo (0,17%) tendo em conta as mais de 454 mil urnas espalhadas pelo país. Outras 35 ocorrências foram igualmente registadas, entre as quais 17 detenções.
Detalha a televisão Globo que a polícia Federal fez detenções em Amapá, Goiás, Paraíba e São Paulo.
Em Oiapoque, no estado de Amapá, duas pessoas foram detidas em flagrante por suspeitas de compra de voto. Numa outra ocorrência, no mesmo estado, mas em Macapá, a polícia apreendeu 2 mil reais que, segundo os agentes, seria utilizados também para compra de votos.
Na cidade goiana de Anápolis, uma pessoa foi detida por utilizar o telefone na urna enquanto votava, o que não é permitido.
Houve ainda uma prisão em Aspasia, no interior de São Paulo, e outra na Paraíba, não existindo para já detalhes sobre estes casos.
Na segunda volta das presidenciais brasileiras, disputam o Palácio do Planalto Jair Bolsonaro (extrema-direita) e Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT/esquerda). Ambos já exerceram o seu direito de voto, o primeiro no Rio de Janeiro e o segundo em São Paulo.
Além da corrida presidencial, milhares de eleitores brasileiros vão escolher hoje 14 governadores.
Haverá segunda volta nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minais Gerais, Rio Grande do Sul, Rondónia, Roraima, Sergipe, Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe.
As assembleias de voto abriram pelas 08:00 locais e têm o encerramento previsto para as 17:00 de cada fuso horário. As últimas urnas eletrónicas a fechar serão no estado do Acre, 22:00 em Lisboa, junto à fronteira com o Peru.
O sistema de voto brasileiro é feito através de urnas eletrónicas e, caso enfrentem um problema técnico, serão trocadas por outra do mesmo tipo ou pelo sistema tradicional de voto de boletim em urna.
Esta é já considerada uma das eleições mais atípicas das últimas décadas, tendo sido marcada por várias polémicas e por uma forte polarização política entre a extrema-direita e a esquerda.
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