Num comunicado enviado às redações, o partido Livre lamentou e repudiou “os atos de violência e atentatórios à democracia que foram praticados ontem [quarta-feira] nos EUA” e advertiu para “os perigos de não enfrentar de forma firme, frontal e empenhada todos aqueles que querem minar a democracia, e que querem chegar ao poder apenas para a destruir”.
“Quando as instituições e lideranças políticas não se demarcam desde bem cedo de fenómenos populistas, xenófobos e nacionalistas, corre-se o sério risco de acontecer em Portugal, na Europa, ou em qualquer país do mundo o que aconteceu ontem nos Estados Unidos da América”, apontaram.
Para o Livre, a “violência desmedida e o desrespeito pelas instituições democráticas e pelo processo democrático” nos EUA, a que assistiram “em choque”, são consequência direta “do recurso ao ódio, divisionismo, racismo e xenofobia e consequente atropelo aos Direitos Humanos, à democracia e à liberdade”.
O Livre expressou ainda a sua “solidariedade” para com o povo norte-americano, “que sofreu uma tentativa de assalto à sua democracia, algo impensável para muitos” e apelou a uma “normalização democrática e a uma transição de poder que respeite a vontade popular”.
Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.
Pelo menos quatro pessoas morreram na invasão do Capitólio, anunciou a polícia, que deu conta de que tanto as forças de segurança, como os apoiantes de Trump utilizaram substâncias químicas durante a ocupação do edifício.
Já hoje o Congresso dos Estados Unidos ratificou a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro, na última etapa antes de ser empossado em 20 de janeiro.
O vice-Presidente republicano, Mike Pence, validou o voto de 306 grandes eleitores a favor do democrata contra 232 para o Presidente cessante, Donald Trump, no final de uma sessão das duas câmaras, marcada pela invasão de apoiantes de Trump.
O governo português condenou os incidentes, à semelhança da Comissão Europeia, do secretário-geral da NATO e dos governos de vários outros países.
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