“Tendo em conta os programas dos partidos não nos parece haver condições para se ter qualquer aliança”, disse cabeça de lista do PCTP/MRPP pelo círculo de Lisboa, em declarações à agência Lusa.

Maria Cidália Guerreiro falava à margem de uma ação de campanha no Terminal Fluvial do Terreiro do Paço, em Lisboa, que começou no Barreiro, no distrito de Setúbal, com a distribuição de cerca de 1.500 manifestos.

Caso o PCTP/MRPP consiga eleger deputados, a dirigente pretende que o partido seja uma “voz” de denúncia contra os “jogos de poder”.

“O MRPP será com certeza, no parlamento, uma voz que está livre, que está liberta, exatamente desses compromissos, desses acordos. Não tem interesse nenhum em jogos de pode”, referiu, indicando que se o partido já estivesse a “Tancos já tinha sido muito mais discutida”.

Sobre o caso de Tancos, para Maria Cidália Guerreiro acusou o primeiro-ministro, António Costa, de nunca ter assumido a responsabilidade e que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também não está isento de culpas.

“O primeiro-ministro nunca assumiu responsabilidades políticas. O primeiro-ministro limita-se a dizer à justiça o que é da justiça, mas não pode ser assim. Um governo tem a responsabilidades”, afirmou a dirigente do PCTP/MRPP.

De acordo com Maria Cidália Guerreiro, a situação de Tanco podia ter sido evitada se o Estado tivesse “tomado medidas sérias” e não deixar “arrastar um processo” durante dois anos.