Rui Rio, que hoje visitou o Centro de Estágios de Rio Maior, na companhia da cabeça de lista do PSD pelo círculo de Santarém e até aqui presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais, comentava declarações da líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, que afirmou, na quinta-feira, em entrevista à TVI, que a direita está “fora de jogo nestas eleições”.

“Não estou à espera de ver o Bloco de Esquerda e o PCP preocupados com o PSD. Não são esses que têm de se preocupar. Quem tem de se preocupar com o PSD somos nós próprios, a começar por mim”, declarou, admitindo que “o xadrez parlamentar, da maneira como está, não facilita” a vida ao seu partido.

Admitindo que “não é impossível”, frisou que, em Portugal, “já houve diversas vezes, ao longo dos tempos, governos até minoritários, que tiveram, no parlamento, de fazer os equilíbrios”, conseguindo “ir acordando à esquerda e à direita as diversas leis que é preciso passar no parlamento”, solução diferente da que vigorou nos últimos quatro anos.

Questionado sobre se as eleições de outubro serão a prova mais difícil da sua vida, Rio admitiu que esta é “a mais importante”, mas que já teve outras “bem mais difíceis”, como a primeira eleição que ganhou na faculdade por quatro votos e a da Câmara do Porto.

“Esta, naturalmente, não é uma eleição fácil. Agora, ela não é tão difícil quanto se escreve por aí. Isso pode ter a certeza”, declarou.

O presidente do PSD afirmou que os contactos que tem feito nestes primeiros dias de pré-campanha eleitoral lhe permitem “garantir que é mais fácil do que o tem sido escrito”.

Rui Rio confessou alguma “nostalgia” na visita que fez hoje ao Complexo Desportivo de Rio Maior ao “olhar para campos e ver que, se lá fosse, já não conseguia aquilo que conseguia no passado”, quando foi atleta federado.

“Amanhã [sábado] vão ter oportunidade de ver no Pontal (Algarve)” um “jogo de futebol de brincadeira”, no qual “se percebe o peso da idade e a falta do vigor físico que há 40 anos era muito diferente”, acrescentou.