Mostrando-se indiferente às críticas internas, o social-democrata referiu que na composição das listas, seja qual for o partido, há sempre deputados que ficam contentes e outros descontentes porque os “candidatos são mais do que os lugares”.

“Mas, isso é transversal a todos os partidos”, vincou Rio, após uma curta visita ao Santuário do Bom Jesus, em Braga, e antes de seguir para a feira semanal de Famalicão, neste mesmo distrito.

Apesar de a visita ter sido curta, Rio ainda ouviu as queixas de um homem que, de junho a julho, apanhou mais de dez mil beatas de cigarros nas imediações do santuário, reportando ainda uma situação de “autêntica lixeira de entulho e de lixo indiferenciado” no Sameiro, santuário adjacente.

“O discurso político está gasto”, atirou Carlos Manuel Dobreira, mas Rio apressou-se a discordar dizendo que o discurso no ambiente não está gasto, tendo de ser mais forte na política e na sociedade, dando como exemplo a questão dos incêndios.

Confessando ser ex-fumador, o social-democrata considerou que esta questão está relacionada com falta de civismo, frisando que em alguns países isso não acontece.

Além disso, Carlos Manuel Dobreira aproveitou para dizer a Rio que os portugueses estão “saturados” do atual modelo de campanha com feiras, bandeiras, ofertas de canetas e subidas e descidas de escadas.

Concordando com o facto de o modelo de campanha estar esgotado, o presidente do PSD lembrou, em tom de brincadeira, que subir e descer escadas “faz bem”.