Numa nota publicada na página oficial da Aliança na rede social ‘Facebook’, Pedro Santana Lopes considera “essencial que os líderes dos partidos de centro-direita se reúnam e conversem para avaliarem o que devem fazer para impedir o domínio ou influência da esquerda, nomeadamente a mais radical”.
Num texto intitulado “imperativo patriótico”, o presidente do partido defende também que “está em causa combater e derrotar a ditadura moral da extrema-esquerda, evitar o esbulho fiscal e pôr a funcionar os serviços públicos”.
Em declarações à agência Lusa, o líder da Aliança propôs que “tenha lugar esse encontro entre os líderes dos partidos de centro-direita, os que já têm representação parlamentar e aqueles que ainda não têm, para, com uma agenda livre e aberta, sem condições nenhumas à partida nem propostas em cima da mesa, mas para conversarem”.
Na ótica de Santana Lopes, o diálogo “é algo que tem faltado muito, nomeadamente nesta altura em que o eleitorado de centro-direita sente que existe um avanço dos partidos de esquerda e de extrema-esquerda com propostas quase radicais, nomeadamente em matéria fiscal”.
O antigo primeiro-ministro criticou que o Bloco de Esquerda e o PCP contemplem nos seus programas eleitorais “rendimentos prediais englobados no IRS, aumento do IRC, mais propostas que fazem parte da chamada ditadura moral da extrema-esquerda”, e acusou estes partidos de “quererem organizar a sociedade à sua maneira, com, por vezes, uma atitude de perseguição às empresas, sem o devido respeito pela liberdade económica”.
“É todo um clima que entendo que obriga os líderes do centro-direita a sentarem-se, conversarem e verem se há condições ainda para um trabalho comum de apresentação de uma alternativa aos portugueses, que evite o anunciado avanço eleitoral da esquerda e da extrema-esquerda” nas eleições legislativas de 06 de outubro, salientou.
O encontro, defendeu, “deve ter lugar tão breve quanto possível na sede de um dos dois partidos com representação parlamentar ou em local alternativo por eles proposto” e a “agenda deve ser plenamente aberta e livre”.
À Lusa, Santana Lopes referiu ainda não ter tido resposta por parte de PSD ou CDS-PP a este convite endereçado através das redes sociais.
“Portugal merece que se ponham de lado barreiras ou diferenças que impeçam o caminho de uma alternativa”, remata o texto.
Questionado sobre se vai propor novamente uma coligação eleitoral à direita, o presidente da Aliança lembrou que o desafio que lançou em fevereiro “não foi aceite”.
“Agora, por isso mesmo, proponho um encontro sem nenhuma proposta à partida, é por isso que eu não quero adiantar qualquer tipo de proposta”, notou, acrescentando que o seu objetivo “é que as pessoas tenham essa capacidade de sentarem, de conversarem, a pensar em Portugal”.
Comentários