Realizado pelo Pew Research Center, um centro de estudos sociais norte-americano, o estudo concluiu que em 2017 havia na Europa entre 3,9 milhões e 4,8 milhões de imigrantes sem documentos, menos que os 4,1 a 5,3 milhões registados em 2016, ano da crise de refugiados.
A crise de 2015-2016 desencadeou fatores que o estudo aponta como causas do decréscimo de ilegais: o encerramento da rota dos Balcãs por vários países da Europa Central, o acordo entre a União Europeia (UE) e a Turquia para impedir os migrantes de entrar em território europeu e a concessão de asilo, sobretudo pela Alemanha, a centenas de milhares de refugiados sírios, iraquianos e afegãos.
As conclusões do estudo baseiam-se em dados estatísticos dos 28 Estados-membros da UE e ainda da Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein.
No total, os indocumentados na Europa representam à volta de 1% da população europeia (500 milhões), menos de metade que nos Estados Unidos, onde os imigrantes sem papéis representam cerca de 3% da população (325 milhões).
O Pew Research Center define “imigrantes não-autorizados” como pessoas que vivem num país sem ter cidadania nem autorização de residência.
O termo abarca também as pessoas que aguardam resposta a pedidos de asilo, porque a taxa de recusa deste tipo de pedidos é elevada, e as crianças filhas de imigrantes ilegais, porque a maioria dos países europeus não reconhece o direito à cidadania por nascimento.
Os imigrantes ilegais na Europa são principalmente oriundos da região da Ásia-Pacífico (33%), incluindo Afeganistão e Paquistão, de países europeus que não os estudados (23%), incluindo a Rússia e a Turquia, do Médio Oriente e Norte de África (21%), da África Subsaariana (17%) e do continente americano (8%).
Cerca de metade vivem na Alemanha e no Reino Unido, seguindo-se, como principais países de acolhimento, Itália e França.
Juntos, estes quatro países acolhem 70% dos imigrantes indocumentados na Europa: 1 milhão a 1,2 milhões na Alemanha, 800 mil a 1 milhão no Reino Unido, 500 mil a 700 mil em Itália e 300 mil a 400 mil em França.
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