Esta tecnologia, que foi apresentada ao início da tarde em Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa, designa-se por NEC CropScope e foi desenvolvida pela empresa da área das infraestruturas para tecnologias de informação NEC e pela multinacional japonesa da indústria do tomate Kagome.
Em declarações à agência Lusa, João Paulo Fernandes, da NEC Portugal, referiu que o grande objetivo passa por "otimizar a produção e os seus custos, aumentando de forma significativa a produtividade média dos produtores de tomate, mantendo a qualidade dos produtos”.
"Trata-se de uma solução que já está em teste há cerca de três anos em Portugal (lezíria ribatejana) com excelentes resultados. Estamos convictos de que será uma tecnologia que irá permitir não só aumentar a produção como também a qualidade", sublinhou.
João Paulo Fernandes explicou que esta nova tecnologia vai permitir criar campos virtuais, utilizando dados meteorológicos, de solo e de vegetação, obtidos através de sensores, imagens de satélite e de ‘drone’ e ainda informações relativas às atividades de campo efetuadas pelo produtor, nomeadamente os níveis de irrigação e utilização de fertilizantes.
"Depois de criados estes campos virtuais, esta solução vai criar simulações de crescimento da cultura, facultando ao produtor, em tempo real, informações customizadas, tais como recomendações para o cultivo dos campos, predição final da cultura ou a data mais apropriada para a colheita, entre outras", apontou.
O responsável da NEC acrescentou ainda que esta tecnologia irá também permitir a otimização do uso de água, fertilizantes e produtos agroquímicos, de acordo com o crescimento da cultura e as condições meteorológicas.
Presente na cerimónia de apresentação esteve também o secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira, que se congratulou com o surgimento desta nova tecnologia de apoio à produção do tomate, e se manifestou otimista quanto ao aumento da exportação deste produto.
"Isto são sinais de que agricultura portuguesa está num bom momento e que dispõe de agricultores profissionais e altamente qualificados. No caso da produção do tomate, estamos a falar de um setor com uma grande dinâmica de inovação e altamente exportador, destacou.
O governante perspetivou que durante este ano se consigam produzir 1,7 milhões de toneladas de tomates para a indústria, a maior parte destinados à exportação.
Neste momento, estão registados nas 16 organizações existentes 462 produtores de tomate.
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