"Não deve em nenhuma circunstância ser demitido o CEME [Chefe do Estado-Maior do Exército]. Alguém com esta capacidade, pelo contrário, deviam estar muito contentes com esta chefia, com a forma como está a enfrentar os problemas e como desta forma está a ajudar Portugal", disse.
O ministro respondia ao deputado do BE João Vasconcelos na comissão parlamentar de Defesa Nacional, onde está a prestar esclarecimentos sobre o furto de material militar da base de Tancos, Vila Nova da Barquinha, Santarém.
João Vasconcelos questionou Azeredo Lopes sobre se mantém a confiança no CEME após o furto de Tancos.
Antes, Azeredo Lopes frisou que foi falando com o CEME "sobre o evoluir dos acontecimentos" e que o general Rovisco Duarte lhe entregou o primeiro relatório preliminar ainda na sexta-feira passada.
Desde que iniciou funções, disse, o "CEME teve de enfrentar situações muito difíceis e enfrentou-as sempre de forma exemplar e com honra".
Questionado pelo deputado do PSD Costa Neves sobre a decisão do CEME de exonerar os comandantes das cinco unidades que tinham a responsabilidade de indicar efetivos para a segurança rotativa dos Paióis, Azeredo Lopes disse que "registou" as exonerações.
"Ainda por cima com a intenção de lhes dar uma natureza cautelar, é uma decisão equilibrada e uma decisão de um chefe", acrescentou.
O general Rovisco Duarte foi duramente criticado pelo deputado do CDS-PP João Rebelo: "Ontem [quinta-feira], o CEME não prestou um bom serviço e esteve a desculpar-se com o sargento que não fez as rondas e com os comandantes das unidades", criticou João Rebelo, referindo-se aos esclarecimentos prestados pelo general na comissão parlamentar de Defesa.
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