Jessica Hand falava à imprensa no aeroporto internacional de Luanda depois da partida de Harry, que iniciou a visita a Angola no município do Dirico, província do Cuando Cubango, seguindo para o Huambo e, finalmente, Luanda, capital do país.
Como último ponto de agenda, o príncipe britânico foi recebido pelo chefe de Estado angolano, João Lourenço, seguindo-se um encontro com a primeira-dama de Angola, Ana Dias Lourenço, sem declarações à imprensa.
Na sua conta na rede social Instagram, o Duque de Sussex publicou uma fotografia com João Lourenço, agradecendo-lhe o “acolhimento incrivelmente caloroso” do país e salientando que a visita permitiu “verificar o impacto” que teve a sua mãe, Diana de Gales, e dar continuidade ao seu trabalho em prol de um mundo “livre de minas”.
Segundo a embaixadora, esta primeira visita oficial a Angola, depois de ter estado já em território angolano em 2013, “foi para ele significativa, do ponto de vista de honrar o trabalho da sua mãe”.
A diplomata referiu que o príncipe notou “mudanças positivas em Angola entre o período da visita da sua mãe e o atual”.
Harry deslocou-se a Angola depois da visita da mãe, a princesa Diana, em 1997, tendo como foco a promoção da desminagem em benefício da população, do ambiente e do ecoturismo.
“O ecoturismo não pode beneficiar apenas os estrangeiros, deve também ser um investimento que impulsione o desenvolvimento da população local, onde o turismo tem lugar. Por isso, pode ser um desenvolvimento muito positivo para Angola”, salientou Jessica Hand.
O duque de Sussex iniciou, no Dirico, a sua deslocação a Angola, visitando um projeto da Organização Não Governamental (ONG) britânica Halo Trust, que visa limpar campos minados nos parques naturais de Mavinga e Luengue-Luiana, na bacia do rio Okavango, no qual o governo angolano vai investir 60 milhões de dólares.
A embaixadora agradeceu a cooperação das autoridades angolanas, na preparação de três dias.
Sobre a desminagem, Jessica Hand disse que o Governo britânico está a avaliar os atuais projetos levados a cabo pelas ONG The Halo Trust, Mines Advisory Group e Ajuda Popular da Noruega (Norwegian People’s Aid).
De acordo com a embaixadora, o duque, depois desta visita, vai continuar a apoiar a iniciativa, não necessariamente focado nos lugares por onde passou a princesa Diana, mas em outras regiões ainda afetadas pelas minas, nomeadamente, as províncias do Moxico e Cuando Cubango.
“Mas também é importante lembrar que a princesa Diana iniciou um processo global e é importante continuar esse processo, para eliminar as minas em todo mundo”, disse, acrescentando: “É possível que Angola possa vir a ser o próximo país a declarar-se sem minas”.
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