O chefe do Gabinete Presidencial mexicano, Alfonso Romo, confirmou que estes temas não foram discutidos durante a reunião entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o homólogo do México, Andres Manuel López Obrador, noticia a agência Efe.

A mesma fonte explicou que apenas o acordo comercial e a pandemia do novo coronavírus foram discutidos.

O Presidente dos Estados Unidos garantiu durante o discurso anual do Estado da Nação, em 05 de fevereiro, que o muro na fronteira com o México terá mais de 800 quilómetros construídos no início de 2021.

Donald Trump declarou que já foram concluídos mais de 165 quilómetros desta fortificação e “haverá mais” 805 quilómetros construídos até ao “início do próximo ano”. A medida é considerada pela atual Administração norte-americana como prioritária para combater a entrada de imigrantes ilegais pela fronteira sul dos EUA.

Trump começou por prometer um muro novo em toda a extensão da fronteira, para depois concentrar atenções na construção de barreiras onde atualmente não exista qualquer separação.

O primeiro encontro entre os dois líderes, realizado hoje na Sala Oval da Casa Branca, teve como objetivo celebrar a entrada em vigor do novo acordo de comércio da América do Norte.

À mesma hora do encontro, várias dezenas de pessoas concentraram-se junto à Embaixada dos Estados Unidos na Cidade do México para protestar contra o Presidente mexicano.

“Isto é uma manifestação, não é um protesto. Trump não é uma pessoa agradável para nós, mas López [Obrador] está a destruir este país que tanto trabalho nos deu a construir”, realçou um dos manifestantes, citado pela Efe.

Cerca de 25 pessoas gritaram “fora López” envergando cartazes a acusar o presidente de “criminoso”, “assassino” e “corrupto”.

O novo acordo comercial substitui o Acordo de Livre Mercado da América do Norte (NAFTA, na sigla em inglês), que tinha sido estabelecido em 1994 entre os Estados Unidos e os seus dois principais mercados de exportação.

Este acordo começou a ser negociado em 2017 e já tinha sido assinado pelo México e pelo Canadá, em 2018, constituindo a resposta a uma promessa eleitoral de Donald Trump de renegociar um acordo que considerava danoso dos interesses norte-americanos.

Entre os críticos do novo acordo estão grupos ambientalistas, preocupados com o facto de as novas regras não terem tido em conta as alterações climáticas.